Sauditas aceleram obras para concluir pista a 6 semanas de estreia na F-1
Leia também
• Fórmula 1 chega ao GP dos EUA em momento decisivo do campeonato
• Entenda os motivos que fazem a Fórmula 1 não agrupar GPs por proximidade geográfica no calendário
• Fórmula 1 divulga calendário de 2022 com recorde de corridas
A estreia do Grande Prêmio da Arábia Saudita no mundial de Fórmula 1 está a apenas seis semanas de acontecer, mas imagens recentes da pista mostram que há muito trabalho de construção ainda pela frente.
O prédio em que ficarão os boxes e o setor VIP está longe de estar finalizado, assim como a pista em si, mas as empresas que estão trabalhando na construção são otimistas quanto à realização da prova dia 5 de dezembro.
A pista, que utiliza algumas vias públicas na orla da cidade de Jedá, começou a ser construída no dia 1º de abril, ou seja, teria oito meses para ser finalizada.
Para efeito de comparação, outras pistas nível 1 da FIA (Federação Internacional de Automobilismo), aquelas que são aptas a receber a F-1, feitas na região, como Abu Dhabi e Bahrein, levaram, respectivamente, 18 e 16 meses para serem concluídas.
As empresas que planejaram e executaram estas obras são as mesmas que estão à frente do projeto saudita: a Tilke Engineering é responsável pelo projeto, e a MRK 1 Consulting faz a parte operacional da obra. Eles garantem que a corrida vai acontecer na data marcada.
"A experiência de Tilke com projetos velozes é excepcional", salientou o diretor administrativo da MRK 1, Mark Hughes, ao site RaceFans. Ele classificou de "milagroso" o progresso feito nas últimas semanas.
"Temos tido visitas regulares do pessoal da F1, várias pessoas da equipe de Ross Brawn estiveram aqui nos últimos meses. O plano é ter a primeira corrida dia 5 de dezembro, isso irá adiante e acredito nisso. A julgar pelo progresso que eu vi, não tenho motivos para duvidar disso."
As visitas da F-1 às obras começaram após o GP do Azerbaijão, em junho, mas não têm sido tão frequentes quanto o normal devido às restrições de viagem por conta da pandemia.
O alerta em relação ao atraso nas obras começou a circular no paddock no final de agosto, quando foram divulgadas as primeiras imagens da obra. Foi então que a F-1 passou a acompanhar o projeto mais de perto, ainda que a expectativa seja de que a pista esteja finalizada para a estreia.
Trata-se de um projeto de transformação da região da orla de Jedá em um parque multiesportivo. A pista tem barreiras móveis, que podem ser removidas para que as ruas sejam usadas normalmente no restante do ano, e o miolo terá campos de futebol pequenos e quadras de basquete.
O segundo GP da Arábia Saudita está marcado para o final de março, depois que os organizadores pediram que a prova se fixasse no início do calendário, e não no final. Além do alerta de atraso, a prova saudita esteve envolvida recentemente em uma discussão sobre vestimentas.
Dias depois de enviar um comunicado direcionado aos profissionais da F-1 e ao torcedores, pedindo que todos os visitantes respeitassem os costumes locais e usassem roupas que cobrissem pelo menos os joelhos e cotovelos, as autoridades voltaram atrás e enviaram outro posicionamento liberando os trajes.
"Nosso principal objetivo é assegurar que todos que visitem Jedá experimentem a hospitalidade que a cidade oferece. O Ministério do Esporte destacou que não haverá um código de vestimenta para o Circuito da Orla de Jedá ou para os espaços públicos na cidade. Isso se aplica a todos, não importa o gênero."
Também no golfo Pérsico, onde estão situados outros países de tradição árabe, a Fórmula 1 já corre há quase 20 anos no Bahrein, além de fazer uma etapa em Abu Dhabi desde 2009. Neste ano, o Qatar também vai estrear no calendário, duas semanas antes da prova saudita.