Seleção Brasileira

Saga pelo equilíbrio vira urgência de Dorival para Copa América

Treinador tem dez dias de trabalho para achar soluções aos problemas ofensivos e defensivos da equipe antes da estreia contra a Costa Rica

Dorival Júnior, técnico da Seleção BrasileiraDorival Júnior, técnico da Seleção Brasileira - Foto: Rafael Ribeiro/CBF

Com pouco mais de cinco meses à frente do comando da Seleção Brasileira, ainda é muito precoce para se avaliar o trabalho do técnico Dorival Junior como positivo ou negativo. Dentro desse período e restando 10 dias para a estreia na Copa América, o treinador ainda fala em buscar o “equilíbrio” deste grupo que, até aqui, não foi visto nos quatro amistosos deste novo ciclo.

O frustrante empate em 1 a 1 com os Estados Unidos trouxe preocupações e alívios. Por um lado, a Canarinha segue sofrendo defensivamente, deixando que o adversário leve perigo e até vaze a meta brasileira.

O gol sofrido pelo Alisson na partida contra os estadunidenses – que, para muitos, foi uma falha – foi o sexto que a Seleção sofreu na era Dorival, perfazendo uma média de 1,5 gol por jogo, quase cinco vezes maior do que a dos seis anos e meio da era Tite.

Se já havia se perdido o costume de ver o Brasil sofrer tanto defensivamente, por outro lado, a criatividade ofensiva é uma dificuldade que, vez ou outra, toma conta dos noticiários da equipe, principalmente por enfrentar times que adotam um estilo de jogo mais fechado e reativo.

Esta preocupação não é apenas dos torcedores e analistas, mas os próprios jogadores conversam sobre isso nos vestiários, de acordo com o experiente zagueiro Marquinhos. 

“Isto já vem sendo pensado por nós. Próximo jogo, vamos levar isso como principal objetivo de não tomar gol. A gente sabe que, com a qualidade que temos, principalmente no ataque, com certeza um golzinho a gente vai fazer, muitas chances vamos criar, a gente confia muito na molecada ali na frente”, afirmou.

A confiança que o defensor disse ter nos companheiros do setor ofensivo se justifica pelos oito gols que a equipe produziu nos quatro amistosos. Mas, apesar de conseguir criar mais oportunidades (foram 25 contra os Estados Unidos), tem faltado um pouco de inspiração para transformar as oportunidades em gols.

Aliás, diga-se de passagem, as duas vitórias da Seleção Brasileira sob o comando de Dorival Junior surgiram dos pés e cabeça do jovem promissor Endrick.

Foi o atacante de 17 anos que, às vésperas de ser integrado ao galáctico elenco do Real Madrid, chamou a responsabilidade em Wembley e marcou o único gol da vitória brasileira diante dos ingleses no amistoso em março passado e também saiu do banco de reservas contra o México para conquistar o triunfo já nos acréscimos do segundo tempo.

“A gente está no começo, estamos em construção, então é hora de melhorar tudo. Ofensivamente, estamos bem. Criamos muito durante o jogo, faltou definir melhor, mas é seguir melhorando em todos os aspectos, defensivos e ofensivos”, afirmou Rodrygo, autor do único gol do Brasil no amistoso da última quarta-feira (12).

Após a folga da quinta-feira (13), o elenco se reapresenta nesta sexta-feira (14) e inicia o sprint final de preparativos no Complexo Esportivo da ESPN, em Orlando, na Flórida, antes da estreia na Copa América, contra a Costa Rica, no próximo dia 24.

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