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Seleção masculina de ginástica artística aposta em "caras novas" no Mundial para chegar a Paris-2024

Arthur Zanetti, gripado, foi cortado de última hora; e Caio Souza nem havia embarcado por causa de uma lesão grave

Arthur Nory, ginasta brasileiroArthur Nory, ginasta brasileiro - Foto: Ricardo Bufolin/CBG

A seleção masculina de ginástica conta com “caras novas" para brigar por uma vaga para Paris-2024. Diferentemente do time feminino, que é experiente, o masculino não terá, por exemplo, o campeão olímpico Arthur Zanetti nem Caio Souza, ginasta mais completo do país, que rompeu o tendão de Aquiles, na disputa do Mundial da Antuérpia, a partir de sábado (30).

O líder do grupo é Arthur Nory, ouro no Mundial de Stuttgart-2019 e bronze na edição de Liverpool-2022, ambos na barra fixa. Os brasileiros se apresentam logo na primeira subdivisão das eliminatórias, a partir das 5h do sábado.

De acordo com a Confederação Brasileira de Ginástica, Zanetti, ouro olímpico em Londres-2012 e prata na Rio-2026 (argolas), passa "por um quadro viral que o tirou dos treinos nas últimas semanas". Ele não se recuperou completamente e foi substituído já na Bélgica por Patrick Sampaio, que seria o reserva da equipe (no ano passado, Zanetti também não foi ao Mundial por conta de uma virose).

Já Caio Souza, finalista olímpico no salto e no individual geral, nem viajou para a Europa, uma vez que se machucou em agosto, durante um treino, e ainda está em recuperação.

A comissão técnica entendeu que, como o medalhista olímpico não vinha conseguindo treinar bem, era mais seguro ter um time com quatro generalistas. Além de Nory, bronze na Rio-2026 no solo, e Patrick Sampaio, o Brasil terá Yuri Guimarães, Diogo Soares e Bernardo Miranda.

Bernardo Miranda é outra mudança de última hora. Isso porque Tomás Florêncio, que viajou à Bélgica escalado como titular, teve uma lesão e não vai competir nas eliminatórias. Bernardo, que ganhou a medalha de bronze na barra fixa, atrás de Arthur Nory (prata), na etapa da Paris da World Challenger Cup, há duas semanas, foi o escolhido.

“Mesmo sendo uma equipe jovem, os atletas estão demonstrando em seus treinos constância e garra” disse Hilton Dichelli Júnior, coordenador da seleção brasileira de ginástica artística masculina. “Todos os nossos atletas fazem parte de um grupo de controle que passa por várias avaliações durante a temporada. Patrick estava incluído nesse grupo e participou de diversas competições internacionais e nacionais. Estamos priorizando a realização de competições seguras”.

Nove vagas para cada equipe e naipe estão em disputa no Mundial. Essa é a última chance de classificação para as equipes. Mas, para os ginastas, serão distribuídas vagas do individual geral e por aparelhos.

Haverá ainda oportunidade de qualificação individual nas Copas do Mundo de Aparelhos e nos Campeonatos Continentais do próximo ano.

Já têm vagas em Paris-2024 as equipes masculina e feminina da Grã-Bretanha, as mulheres dos EUA e do Canadá e os homens da China e do Japão, todos qualificados com base na classificação de suas equipes no Mundial de 2022.

“Nosso objetivo principal é a classificação da equipe, mas se todos tiverem um bom desempenho, ainda teremos chances de chegar às finais. Principalmente com Arthur Nory na barra fixa e com Diogo na prova individual” espera Hilton, que completa: “Zanetti, com sua experiência e liderança, tem muito a contribuir para o time aqui na Antuérpia e segue em preparação para os Jogos Pan-Americanos”.
 

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