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Basquete

Sem casos em três meses, NBA mostra como se faz uma bolha contra Covid-19

Com isolamento e protocolos rígidos a serem seguidos antes mesmo do início dos jogos, nenhum caso de infecção por coronavírus foi registrado

NBANBA - Foto: Divulgação/NBAE

Para dar sequência à temporada após a pausa por conta da pandemia de Covid-19, a NBA decidiu montar uma bolha a fim de proteger seus atletas e delegações. Um esquema de guerra e um investimento de US$ 170 milhões (R$ 875,6 milhões) levantaram a redoma em um resort dentro do complexo da Disney, em Orlando, na Florida (EUA). Nesta quarta-feira (30), no dia da final da principal liga de basquete do mundo, entre Los Angeles Lakers e Miami Heat, a bolha se mostrou um grande sucesso.

Ironicamente, em um dos estados americanos com mais casos de Covid-19, o isolamento da NBA foi extremamente eficaz. Em três meses de isolamento e protocolos rígidos a serem seguidos antes mesmo do início dos jogos, nenhum caso de infecção por coronavírus foi registrado. Muitos até pensaram que o local estava realmente coberto por uma estrutura física, como um grande muro. Na verdade, a liga provou que com muita organização poderia, sim, ter uma competição esportiva segura em meio à pandemia.
 



A NBA reservou, para os 22 times participantes, 18 hotéis do mundo "onde os sonhos se tornam realidade". O complexo de 90 hectares tem três arenas para os confrontos e sete ginásios para treinamentos.

A determinação para entrar na bolha foi padrão: assim que chegasse, a pessoa deveria ficar 48 horas isolada em seu quarto e registrar "negativo" em dois exames para covid-19. Quando um jogador necessitou deixar o local, teve que ficar alguns dias também em isolamento e realizar testes de detecção de coronavírus antes de retornar às partidas e treinamentos -aconteceu com o brasileiro Bruno Caboclo.

A recomendação foi de que os atletas só deixassem o resort em casos extremos como o nascimento de um filho, morte de familiar ou problemas de saúde e outros tipos de emergência. O protocolo da NBA permitiu que cada clube levasse 37 pessoas a campo, contando com atletas, técnicos, integrantes da comissão técnica, seguranças e outros funcionários. Todas as pessoas que convivem na bolha, além das delegações das equipes, foram submetidos a exames de Covid-19 a cada noite e o resultado foi sempre divulgado na manhã seguinte.

A entrada de familiares foi permitida apenas após a primeira rodada dos playoffs. O atleta que quis receber convidados foi responsável por arcar custos de reserva de um quarto adicional e os visitantes tiveram que ficar em isolamento por uma semana, além de serem submetidos a dois testes de Covid-19 em um período de três dias até ficarem liberados para permanecer na bolha.

A grande final entre Lakers e Heat acontece às 22 horas (de Brasília). Todos os jogos terão transmissão da Band, da ESPN Brasil e online no Watch ESPN, serviço disponível para assinantes do UOL Esporte Clube.

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