Sem perder há nove jogos, elenco do Santa é ressaltado por bom relacionamento
Executivo de futebol coral, Nei Pandolfo, comparou espírito “vitorioso” do time pernambucano com o Santos de Neymar, Bragantino e Guarani, clubes por onde já passou
É sob o espelho de 14 vitórias, nove empates e somente três derrotas na temporada que o Santa Cruz entra em campo às 17h deste sábado (29), quando recebe o Imperatriz/MA, no Arruda, pela quarta rodada da Série C do Campeonato Brasileiro. Ainda sem arranhões na competição e sem saber o que é perder há nove jogos desde que o futebol retornou, o time comandado por Itamar Schulle até aqui mostrou ter um diferencial para conseguir os resultados dentro de campo.
Na reta inicial da Terceirona, o time acumula um empate e duas vitórias, já tendo engatado em três jogos o melhor início na competição nacional desde que disputou pela primeira vez, em 2008. Para tanto, poderíamos considerar a solidez do setor defensivo, que em 26 partidas foi furado em apenas 15 oportunidades como grande responsável pelos bons números? Sim. Poderíamos exaltar o trabalho até aqui construído pela comissão técnica? Também. Poderíamos, além disso, pontuar algumas peças que têm feito a diferença ao longo da temporada? Claro.
Na explicação do executivo de futebol da Cobra Coral, Nei Pandolfo, é o conjunto desses e de outros fatores internos que, hoje, reflete nos gramados, e faz do Santa Cruz, na visão dele, um time vitorioso.
“É um grupo que tem características especiais de relacionamento. É um grupo que está muito junto, nesse sentido, sabendo dos objetivos, da importância que é a Série C para o Santa Cruz e para toda a nossa torcida. Esse conjunto de entendimentos e de trabalho que estão sendo realizados nos conduz até esse momento. Mesmo numa sequência positiva como essa, a gente tem conseguido manter com os pés no chão, respeitando os adversários. E cada vez mais procurando qualificar, procurando trazer alguns reforços. É um trabalho em conjunto, que vem dando muito certo”, comentou.
Caso vença mais uma no sábado, o Tricolor se mantém na liderança do Grupo A e enlarguece a passada - que está só no começo - rumo ao acesso à Série B. Segundo Pandolfo, os atletas são conscientes dos objetivos traçados pelo clube em 2020, assim como das dificuldades que cercam o Arruda. E acrescentou, traçando um comparativo entre a união do grupo coral com alguns clubes ditos vitoriosos por onde já passou, como o Bragantino, Guarani e o Santos - na época que contava com Neymar como grande peça -.
“Nesses 40 anos de trabalho, eu participei de um grupo muito vitorioso na época de Guarani, de um grupo muito vitorioso na época do Bragantino, e na época do Santos, com Neymar e companhia. Independente da situação em que se encontra o Santa Cruz, o relacionamento é muito parecido com esses grupos que foram vitoriosos”, ressaltou.
“Todos eles (atletas) se entregam, se preparam, se doam e têm entendimento das dificuldades momentâneas que todos nós passamos, individuais e coletivas. É claro que o relacionamento entre comissão técnica, diretoria é como qualquer relacionamento, que tem altos e baixos, tem divergências. Mas o entendimento final e principal é o que é melhor para o clube, e todos têm esse entendimento”, concluiu Nei Pandolfo.