Senna 30 anos: saiba quem foi julgado pela morte do piloto brasileiro; ninguém foi preso
Patrick Head, ex-sócio e cofundador da Williams, foi o único culpado pela Justiça Italiana
Trinta anos se passaram desde a morte de Ayrton Senna, que se envolveu em um acidente no Autódromo Enzo e Dino Ferrari em 1994, e ninguém foi preso. No entanto, em 1997, três anos depois do ocorrido, a Justiça italiana indiciou seis pessoas pelo óbito do ídolo brasileiro e tricampeão mundial.
Frank Williams (fundador da Williams), Patrick Head (ex-sócio e cofundador da Williams), Adrian Newey (projetista), Roland Bruynseraede (inspetor de segurança da FIA), Giorgio Poggi (diretor de Ímola) e Federico Bendinelli (administrador da empresa Sagis, que controlava o circuito) foram indiciados pela justiça, mas acabaram inocentados na primeira e segunda instâncias.
Na ocasião, o juiz alegou falta de elementos da promotoria para provar a causa do acidente no GP de San Marino, em Ímola. Anos depois, o Ministério Público da Itália recorreu à Suprema Corte e o tribunal culpou Head por negligência na mudança na coluna de direção da Williams de Senna. Portanto, em 2007, Patrick Head foi o único responsabilizado pelo acidente: homicídio culposo (sem intenção de matar).
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Contudo, o diretor técnico da Williams à época não cumpriu a pena porque a sentença foi anunciada 13 anos após o acidente e a ação havia prescrito. Pelas leis italianas, o prazo para a prescrição deste tipo de crime é de sete anos e seis meses. Atualmente, com 77 anos, Patrick Head segue na equipe, mas não viaja para as corridas. Ele fica na fábrica em Grove, no Reino Unido.
Na pista, Ayrton Senna estava a pouco mais de 300 km/h no momento da batida. A barra de direção do FW16 quebrou, o carro da Williams não respondeu os comandos do piloto brasileiro e seguiu reto na curva Tamburello a 210 km/h para atingir com muita força a barreira de pneus.
A morte de Senna, aos 34 anos, foi confirmada horas depois do acidente, no Hospital Maggiore, em Bolonha, na Itália. A tragédia de um dos maiores ídolos do esporte brasileiro há três décadas não foi capaz de arranhar a idolatria do piloto.