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FUTEBOL

Sportv lança documentário sobre trajetória de superação e polêmicas de Dunga

Série de três episódios reconta volta por cima do ex-volante de 1990 a 1994 e mergulha no lado humano do capitão do tetra

Sportv lança documentário sobre trajetória de Dunga Sportv lança documentário sobre trajetória de Dunga  - Foto: Divulgação Sportv

O Sportv lança, nesta quinta-feira, às 19h, a série documental “Brasil vs Dunga – Futebol em Pé de Guerra”, que relata a trajetória do capitão da Seleção na conquista da Copa do Mundo de 1994. Ela também estará disponível no Globoplay. A obra, dirigida por Fernando Acquarone, discorre dos altos e baixos da sua carreira do ex-jogador, que foi apontado como símbolo da derrota na Copa de 1990 e superou as críticas para levantar a taça quatro anos depois.

— A gente pensou que não há nenhum jogador mais simbólico dessa Copa que o próprio Dunga, o capitão daquela conquista. Isso porque a imprensa toda no Mundial anterior, em 1990, tinha estampado o fracasso como o nome dele, com a “era Dunga”. Então, você ter essa virada de jogo, de um Mundial para o outro, é uma jornada muito inspiradora de superação, digno de montanha-russa — explica Fernando sobre a escolha do personagem central da produção.

 

O primeiro dos três episódios relata o início da carreira de Carlos Caetano Bledorn Verri, o Dunga. O apelido surgiu a partir de seu aspecto físico: era baixo, acima do peso e com orelhas grandes. Superá-lo foi o primeiro desafio como atleta. Nos juniores do Internacional, um folclórico garimpador de talentos, Abílio dos Reis, duvidou que um dia fosse virar jogador profissional, o que não o abateu. Ele carregava dois sacos de lixo pra correr todo dia de manhã, no Beira-Rio, antes dos treinos.

Apesar do duro início no futebol, o documentário mostra que o maior desafio da trajetória do ex-volante passou pela pressão de ser massacrado por um país inteiro. Um ano depois de conquistar a histórica Copa América de 1989, sobre a Argentina na final, o Brasil decepcionou no Mundial da Itália, ao ser eliminado pelo mesmo adversário nas oitavas. O volante carregou nas costas a culpa, sendo taxado como o símbolo da derrota.

Acostumado a ultrapassar grandes barreiras, este foi o mais difícil da carreira de Dunga. No entanto, o instinto batalhador, mais uma vez, não o deixou na mão. Na Copa de 94, ganhou a faixa de captião no decorrer do torneio, foi o jogador com mais desarmes e passes certos, acertou o último pênalti da decisão contra a Itália e, por fim, levantou a taça mais desejada do futebol com a amarelinha. Para Fernando as críticas exacerbadas sobre um jogador que conquistou o que a grande maioria nunca conseguiu foram injustas.

— Acho que o Dunga foi um pouco injustiçado a vida toda. Esse documentário está aí para também mostrar que não é à toa que você passa quase quatro décadas à frente de uma seleção brasileira por acidente. Você não fica esse tempo todo, não é campeão mundial juniores, da Copa América depois de 40 anos, e vai a três Copas do Mundo sendo uma perna de pau. Isso não existe — disse.

Considerado uma figura ríspida, um lado pouco visto de Dunga será exposto. A armadura à frente da mídia vem da época de atleta, passando para beira do campo, em que julgava necessária para demonstrar seu papel de liderança. Mas, o capitão do tetra foi citado como uma pessoa “super resenha, divertidíssimo, e acessível” por Fernando, características que, segundo ele, poderão ser vistas no decorrer da série.

A produção conta com depoimentos de diversos personagens que passaram pela trajetória de Dunga: os tetracampeões Bebeto, Ricardo Rocha, Zinho, Mauro Silva, Taffarel e Cafu; o ex-companheiro de equipe Roberto Baggio; os treinadores Carlos Alberto Parreira, Jair Pereira e Sebastião Lazaroni; os jornalistas Paulo Vinicius Coelho, Galvão Bueno, Juca Kfouri, Alex Escobar e Sérgio Xavier Filho; além de relatos de sua mãe Maria Verri e da irmã Regiane Verri.

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