Título do Náutico sobre o Sport foi acompanhado por quase 3 milhões de pessoas
Partida válida pela final do Estadual alcançou 38,6 pontos de audiência, no último domingo (23)
A final do Campeonato Permambucano entre Náutico e Sport, no último domingo (23), chamou a atenção pelos números da audiência. A partida, que teve o Timbu como campeão, nos pênaltis, alcançou 38,6 pontos durante as duas horas e meia que a transmissão esteve no ar em território pernambucano. Um dos maiores registros da história do futebol local. O pico, esteve perto de bater na casa dos 54 pontos. Vale lembrar, que cada ponto na medição do Ibope corresponde a 1% da população na respectiva praça. Fato que mostra que o futebol estadual segue com sua relevância e rivalidade entre os principais times em dia.
Para se ter uma ideia do feito em números de pessoas, cerca de 2,8 milhões de torcedores foram impactados com a grande final do campeonato. O que significa que aproximadamente dois milhões de lares estavam sintonizados na Rede Globo acompanhando o Clássico dos Clássicos. Além disso, o duelo bateu 63,2% pontos de share. Traduzindo, a cada 100 casas, 63 viram o Náutico quebrar um jejum de 53 anos sobre o Sport.
No primeiro jogo da decisão, realizado na Arena de Pernambuco, a audiência de Sport 1x1 Náutico teve média de 30,7 pontos. Ou seja, 2,2 milhões de pessoas ficaram ligadas na TV. Para a grande final, houve um aumento de 600 mil telespectadores acompanhando o encontro entre alvirrubros e rubro-negros.
Em relação aos quatro domingos anteriores, houve um crescimento de 16,7 pontos na audência, e 21,7 pontos de share. Ademais, o clássico foi 691% superior ao 2º lugar na praça na TV aberta, e 268% superior que as demais emissoras abertas juntas. Na comparação com o streaming, a decisão do Estadual foi 315% superior que todas as plataformas somadas.
Em entrevista à Folha de Pernambuco, o presidente da Federação Pernambucana de Futebol (FPF), Evandro Carvalho, enalteceu os dados. "Isso mostra a força do nosso campeonato estadual, que é o campeonato com maior nível de rivalidade do Brasil. Sobrevive com maior interação entre torcida e clube. Somos o maior share, um oásis do Brasil. Enquanto todos os outros estaduais estão desgastados, o nosso se valoriza a cada ano", ressaltou o mandatário.
Para o presidente do Náutico, Edno Melo, o jejum alvirrubro diante do rival, e o fato de estarmos em uma pandemia contribuíram para os números apresentados. "Eu vejo que a força dos dois clubes foi um atrativo. O campeonato sai fortalecido por duas equipes que chegaram em um nível de disputa muito bom. Além disso, a rivalidade ajuda. Não ganhávamos do Sport em uma decisão há 53 anos. Sem falar da pandemia, que acaba deixando muita gente dentro de casa. De toda forma, a gente tem que valorizar isso", detalhou o dirigente alvirrubro.
A grande audiência do jogo, também serviu para alimentar as polêmicas do encontro. Nas penalidades máximas, Maílson defendeu a cobrança de Giovanny, no meio do gol, mas não manteve um dos pés sobre a linha, como pede a regra. Avisado pelo VAR, o árbitro Rodolfo Toski mandou o alvirrubro bater o pênalti novamente, o que deixou os rubro-negros irritados. "O bom (da grande audiência) é que puderam acompanhar de perto um caso inusitado no futebol mundial. O fato de o juiz mandar voltar um pênalti daquele. A primeira e única vez no futebol mundial, que deve ficar para história", desabafou o presidente leonino, Milton Bivar.