Torcedores que penduraram "boneco de Vini Jr." em ponte são proibidos de se aproximar de estádios
Os quatro não podem se aproximar a menos de 1.000 metros de estádios de LaLiga em dias de jogos
Os quatro torcedores detidos na Espanha por pendurar em uma ponte um boneco que representava o atacante brasileiro Vinícius Júnior estão proibidos de se aproximar a menos de um quilômetro de qualquer estádio de futebol, anunciou a justiça espanhola, nesta quinta-feira (25).
Após a detenção na terça-feira e de uma audiência com um juiz, os quatro suspeitos de "crime de ódio" foram colocados em liberdade condicional e proibidos, até nova ordem, de uma aproximação "a menos de 1.000 metros" de um estádio de LaLiga nos dias de partidas, informou um tribunal de Madri em um comunicado.
Em pleno escândalo pelos insultos racistas proferidos contra o jogador do Real Madrid, a ordem de afastamento também envolve o centro de treinamento do clube, ao nordeste da capital espanhola, perto de onde um boneco que estava com o uniforme de Vinícius Júnior foi pendurado em uma ponte para simular um enforcamento.
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Os quatro detidos - três deles integrantes de grupos de torcedores radicais - foram acusados de crime contra a integridade moral e crime de ódio, como são enquadradas as ofensas racistas na Espanha.
Os quatro permaneceram calados durante a audiência, de acordo com o tribunal de Madri, que anunciou o prosseguimento das investigações.
O boneco com o uniforme Vini Jr. foi pendurado em uma ponte em 26 de janeiro, dia de uma partida entre Real Madrid e Atlético de Madrid pelas quartas de final da Copa do Rei. Ao lado do boneco estava uma faixa com a frase "Madri odeia o Real".
A detenção dos quatro aconteceu na terça-feira, dois dias após uma partida do campeonato espanhol em Valência na qual torcedores do time local chamaram o brasileiro de "macaco" e simularam sons do animal. Vinícius denunciou o ataque ainda durante a partida.
O incidente provocou indignação na Espanha e no exterior, o que forçou as entidades que comandam o futebol espanhol e as autoridades a adotar medidas contra o racismo, um problema que nunca foi abordado da maneira apropriada no país.