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Refeno

Tripulantes em reta final de preparação para a 34ª edição da Refeno

São 300 milhas náuticas que separam a capital pernambucana de Fernando de Noronha

Jairo e Bruna a bordo do Jubarte IJairo e Bruna a bordo do Jubarte I - Foto: Arthur Mota/Folha de Pernambuco

Neste sábado (23), o Marco Zero do Recife estará tomado por amantes da vela que pretendem acompanhar a largada da Regata Internacional Recife - Fernando de Noronha, Refeno. Faltando pouco mais de 24 horas para o start da maior regata oceânica da América Latina, os velejadores seguem ajustando os últimos detalhes das embarcações para enfrentar as 300 milhas náuticas (560 km) que separam a capital pernambucana do famoso arquipélago. 

À Folha de Pernambuco, o presidente da comissão de regatas da Refeno, Edival Júnior, explicou como andam os últimos ajustes por parte da organização. O principal foco é ajustar as 95 embarcações que vão participar da prova. 

“Estamos nos ajustes finais da Refeno. Estávamos enquadrando as subclasses. Cada barco entra em uma classe distinta a depender do modelo, tamanho e características.Temos os monocascos e os multicascos; o bico de proa, de concepção mais amadora; e o turismo, que vai para somente acompanhar a regata. Tem também a classe aberta, em que ficam os barcos maiores, que podem ter qualquer concepção de vela, não tendo um padrão. Além disso, há outras derivações que estão sendo agrupadas”, salientou. 

Vencedora da classe bico de proa no ano passado, com um tempo de aproximadamente 43 horas, a bordo do Jubarte I, a gaúcha Bruna Sobé conta que as últimas horas que antecedem a prova tem sido de extrema correria. Ao lado do marido Jairo Machado, é a quinta vez que ela participa da regata oceânica. O monocasco, inclusive, é o lar do casal há nove anos e meio. 

"Sempre muita correria todos os dias, o dia todo. A gente só consegue parar mesmo no final do dia para conseguir aproveitar as festividades do Cabanga, além das palestras que eles estão oferecendo. Mas é muita manutenção sempre para fazer a bordo, adiantar a parte de alimentação, abastecimento de água, combustível, deixar a casa em ordem para receber a tripulação. Isso leva bastante tempo e dá bastante trabalho, mas é prazeroso, caso contrário não estaríamos aqui", enfatizou à reportagem. 

Comandante do Mr. Jazz, Álvaro Dubes ressalta que toda a preparação para participar da Refeno começa pelo menos um ano antes. Apesar de residir em São Paulo, o músico detalha que deixa o barco na Bahia, pela proximidade com Pernambuco, no intuito de atracar em solo recifense única e exclusivamente com o foco na travessia. Depois de fazer a prova nas classes aberta e RGS em outros anos, o paulista de 60 anos vai disputar a 34ª edição na classe bico de proa, e pretende chegar em Noronha com um tempo de até 35 horas.

"Nossa preparação começou há um ano. O barco já tem ficado na Bahia, porque fica aqui muito mais próximo para subir. Depois que entra no calendário oficial, tem todo um processo de revisão do barco, tem que estar em ordem, principalmente para passar na vistoria da Marinha. E a gente faz isso todo mês, de parte em parte organizamos alguma coisa até chegar a época da Refeno e não ficarmos na correria, ter tudo em ordem e preparado", contou.

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