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Copa América

Tropeço em estreia causa tensão e Brasil encara Paraguai em clima de final

Seleção Brasileira realiza, nesta quinta-feira (27), o último treinamento antes de voltar a campo pela Copa América

Copa América: a palavra de ordem na Seleção Brasileira é uma só: vencerCopa América: a palavra de ordem na Seleção Brasileira é uma só: vencer - Foto: Rafael Ribeiro/CBF

É inegável que o frustrante empate sem gols contra a Costa Rica na estreia da Copa América causou danos à atmosfera da Seleção Brasileira. Não apenas nos torcedores, mas principalmente no mental dos jogadores e comissão técnica.

Ainda no campo do jogo, no Estádio SoFi, em Los Angeles, o capitão Danilo, sempre muito ponderado e racional, perdeu a linha e chegou a discutir com torcedores que cobravam o mau desempenho em campo. Na saída do estádio para o ônibus, os atletas passaram cabisbaixos e poucos foram aqueles que pararam para falar com a imprensa.

A tensão tem uma justificativa: caso não vença o Paraguai nesta sexta-feira (29), o Brasil pode ver a Colômbia se garantir em primeiro do grupo e, já classificados, os colombianos que, teoricamente, são os adversários mais complicados da primeira fase, podem dificultar e muito a classificação brasileira na última rodada.

Por isso, E, para chegar à vitória, é preciso encontrar solução para os problemas enfrentados no primeiro jogo.

Vini Júnior
O principal jogador do time, candidato à Bola de Ouro, não conseguiu produzir quase nada. Vinicius Júnior não deu sequer um chute, apenas tentou quatro dribles, não obtendo sucesso em nenhum deles. “Toda vez que eu entro em campo pela Seleção, tem 3 ou 4 jogadores para me marcar. Então, vamos ter que nos adaptar e tirar proveito de tudo o que fizemos de errado”, garantiu o atacante. 

A Seleção também repetiu os mesmos problemas de criação do último amistoso, contra os Estados Unidos, quando até tem muitas finalizações - foram 19 -, mas não consegue o mais importante: o gol. “Tenho bastante tempo de futebol e tem dia que você cria, cria, cria e o gol não sai”, tentou explicar o lateral-esquerdo Guilherme Arana.

Dificuldade de adaptação
Sem contar com a dificuldade de adaptação às dimensões menores de campo. Durante a Copa América, os gramados têm 740 metros quadrados a menos do que o padrão estabelecido pela FIFA. Algo que já se sabia há, pelo menos, 8 meses, mas que não agradou em nada os atletas.

“É o que é para todas as equipes, isso não é um ponto para ser tocado sempre. A única coisa que me deixa muito insatisfeito é que os jogadores e os treinadores nunca são perguntados a respeito. Essas decisões são tomadas e temos que aceitar”, desabafou o capitão Danilo.

“Com certeza, o campo atrapalha. A qualidade dos campos, se você ver na Eurocopa e na Copa América são completamente diferentes. E ainda diminuíram as medidas para dificultar ainda mais para gente”, pontuou Vinicius Júnior.

Mesmo também enfrentando a questão das dimensões menores do campo, a Argentina venceu os seus dois primeiros jogos e garantiu a classificação antecipada, ao vencer o Chile por 1 a 0. Fato que traz um peso ainda maior para que a Seleção de Dorival Júnior apresente uma melhora urgente e não tenha que apelar para a sorte de Vegas

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