Uefa quer liberar a presença de público na Eurocopa, que acontece entre junho e julho
Competição entre seleções europeias terá doze cidades-sede em doze países
A Uefa pretende realizar a Eurocopa com a presença de público e por isso vai apresentar até o fim de abril um plano de organização revisto para esta finalidade, que prevê doze cidades-sede em doze países, caso algumas não possam receber espectadores, anunciou nesta quarta-feira a entidade que comanda o fuebol europeu.
"Se uma cidade sugerir um cenário à porta fechada", os jogos "poderão" ser transferidos "para outras cidades com capacidade para receber espectadores", informou a organismo à AFP.
No domingo, o presidente da Uefa, o esloveno Aleksander Ceferin, declarou ao jornal croata Sportske Novosti que as partidas da Eurocopa (a ser disputada de 11 de junho a 11 de julho), evento previsto para o ano passado mas que foi transferido para 2021 devido à pandemia, não seriam "realizadas com arquibancadas vazias".
“Todos os organizadores devem garantir a presença da torcida”, insistiu o dirigente da Uefa, que trabalha com quatro opções para cada cidade: estádio cheio, ocupação de 50 a 100% da capacidade de público, ocupação de 20 a 30%, ou sem público.
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Num momento em que a disseminação das variantes da covid-19 impede qualquer relaxamento das medidas de prevenção na Europa, tal exigência poderia implicar um reagrupamento do torneio em "dez ou onze países", de acordo com Ceferin.
O órgão que dirige o futebol na Europa deu a cada cidade-sede até 7 de abril para decidir sua opção, e planeja tomar uma decisão "o mais tardar" em 19 de abril, véspera do congresso anual da entidade agendado para Montreux, na Suíça.
Já complicada do ponto de vista logístico, esta Eurocopa realizada em vários países levanta dúvidas há meses devido às restrições de viagens, que variam de um país para outro, deixando delegações e torcedores sem saber o que pode acontecer.
Mas este formato "também é feliz", pois "se nada puder ser feito em um país, restam onze outros onde os preparativos já estão em andamento", argumentou em meados de março o médico Daniel Koch, responsável pelo combate à covid-19 na Suíça, que agora atua como conselheiro de saúde da Uefa.