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Futebol

"Vai salvar o futebol", diz Dado sobre investigação envolvendo manipulação de resultados

Treinador elogiou ação do Ministério Público de Goiás e posicionamento do Náutico sobre o tema, após Paulo Miranda ser investigado

Dado Cavalcanti, técnico do NáuticoDado Cavalcanti, técnico do Náutico - Foto: Tiago Caldas/CNC

“Essa operação é histórica. Visualizo que vai salvar o futebol brasileiro”. Foram com essas palavras que o técnico Dado Cavalcanti elogiou a ação do Ministério Público de Goiás (MP-GO) que investiga esquemas de manipulação de resultados em jogos do esporte. Um dos nomes investigados é do zagueiro Paulo Miranda, atleta do Timbu, mas que está afastado temporariamente até que preste depoimento à polícia, o que acontecerá na próxima segunda (24).

“Tive uma conversa com o grupo a respeito do assunto. Já tinha tido uma na apresentação da pré-temporada, com uma abordagem mais específica sobre o tema. Isso é algo real, que atormenta os profissionais do futebol”, iniciou.

“Não temos o direito de julgar ou condenar Paulo Miranda ou qualquer outro atleta. Tive uma conversa com ele. O clube se posicionou da forma mais correta em relação ao jogador e à investigação. Os atletas sentiram o impacto, mas entendem o que está acontecendo e viramos essa página, focando no jogo da terça”, declarou.

De acordo com o treinador, a ação pode inibir que mais casos de manipulação de resultados prejudiquem o futebol brasileiro no futuro. “Quero parabenizar o presidente Hugo Bravo (Vila Nova) e o Ministério Público de Goiás. Essa operação é histórica. Visualizo que vai salvar o futebol brasileiro. As coisas estão vindo na base das investigações. Vamos esperar que tudo seja investigado, com todo cuidado e responsabilidade, não provocando um julgamento ou condenação antecipada. É algo importante para a grandeza do futebol brasileiro”, frisou.



Questionado se esse tipo de movimento pode tirar o foco dos atletas, criando um receio de serem acusados do esquema por conta de ações em campo, como faltas e cartões, o treinador indicou que isso não pode mudar a postura dos jogadores em campo. 

“O cara quando é idôneo, sem culpa no cartório, não carrega peso, entra com o espírito livre. Pouco importa se vai errar. Os atletas erram e muito. Faz parte. Quem está no campo vai cometer faltas, tomar cartão, promover escanteios. Isso é do jogo, natural. Não podemos confundir isso com o que é artificial. Se tiver de fazer falta, vai fazer. Se tiver de tomar cartão amarelo, vai acontecer naturalmente. Ninguém pode carregar o peso maior das escolhas e do compromisso de fazer o melhor em campo”, concluiu. 

 

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