Esportes

Veja recordes esportivos que foram quebrados em 2023

Além das modalidades olímpicas, marcas importantes foram superadas nas arquibancadas e em outros esportes; Botafogo perdeu maior vantagem na história do Brasileirão

Piloto holandês Max VerstappenPiloto holandês Max Verstappen - Foto: Reprodução: Instagram

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No ano que antecede as Olimpíadas de Paris, o mundo esportivo viu uma série de recordes sendo derrubados, o que dá uma dimensão do que pode ser esperado para os Jogos do ano que vem. E não foi só entre esportes olímpicos que marcas importantes foram quebradas: na Fórmula 1, principal categoria do automobilismo mundial, Max Verstappen, vencendo 19 de 22 corridas, bateu os recordes de mais vitórias em uma temporada, mais vitórias consecutivas (10), maior número de pontos e maior aproveitamento, entre muitas outras marcas. Foram 16 recordes batidos ao todo.

No vôlei feminino, um recorde marcante, mas fora das quadras. Em agosto, 92.003 pessoas assistiram à partida entre o Nebraska Cornhuskers e o time da Universidade de Nebraska, o maior público de um evento esportivo feminino da história.

Ainda entre as mulheres, o público também acompanhou de perto as melhores jogadoras do mundo na Copa do Mundo, realizada na Austrália e na Nova Zelândia, que sagrou a surpreendente Espanha campeã pela primeira vez. Ao longo do torneio, foram 1.997.824 torcedores (recorde na história da competição), que representaram uma média de cerca de 31 mil por jogo, quase 10 mil a mais do que a média do torneio disputado em 2019, na França.

Ainda no futebol, uma das marcas mais surpreendentes do ano foi alcançada pelo Botafogo, mas de maneira negativa. O time carioca chegou a abrir 13 pontos de vantagem para o segundo colocado nas duas últimas rodadas do primeiro turno, mas acabou vendo o desempenho em campo despencar e o time perder a maior dianteira já adquirida por um time na história dos pontos corridos. O clube terminou o torneio na quinta colocação, sem sequer conseguir uma vaga direta para a fase de grupos da Libertadores da América do próximo ano.

No basquete, Lebron James segue atuando em alto nível na NBA e quebrando recordes no caminho. Ele se tornou, em novembro, o jogador com mais pontos na história da NBA, superando a marca de 39 mil e a lenda Kareem Abdul-Jabbar.

Outro craque que não pode ficar de fora da lista é Lionel Messi. Depois de vencer a Copa do Mundo do Catar com a seleção da Argentina e rumar para o futebol dos Estados Unidos, Lionel Messi foi eleito o Melhor Jogador do Mundo em 2022 (em cerimônia realizada em setembro desse ano), se isolando como maior vencedor do prêmio dado pela Fifa, com oito conquistas.

Já o australiano Blake Johnston bateu o recorde mundial de sessão de surfe mais longa, em março desse ano, depois de ficar mais de 40 horas sobre as ondas de uma praia em Sydney. Ao estabelecer o novo recorde, Johnston, cujo pai se suicidou há dez anos, arrecadou US$ 221 mil para auxiliar na prevenção ao suicídio e melhorar a saúde mental de jovens australianos.

O Brasil pode comemorar a consolidação como potência paraolímpica. Na edição desse ano dos Jogos Parapan-americanos, realizados em Santiago, no Chile, o país terminou na liderança do ranking de medalhas, batendo o próprio recorde, com 156 ouros e 343 medalhas ao todo.

Esportes olímpicos

Na natação, entre os homens, as provas de 50 metros costas (com o russo Kliment Kolesnikov, em 23’’55 segundo), 200 metros nado costas (com o chinês Qin Haiyang, em 2’05’’48) e 400 metros medley (com o francês Léon Marchand, em 4’02’’50), tiveram seus recordes quebrados. Mas foi entre as mulheres que diversos recordes foram pulverizados.

Ao longo de 2023, onze marcas foram superadas — mais da metade dos vinte tipos de disputa. Somente a australiana Kaylee McKeown deixou para trás três recordes e estabeleceu novos patamares: nas provas de 50 (26’’86), 100 (57’’23) e 200 (2’03’’14) metros nado costas. Além dela, as também australianas Mollie O'Callaghan (nos 200 metros nado livre, com tempo de 1’52’’85) e Ariarne Titmus (nos 400 metros nado livre, em 3’55’’38) também bateram recordes, bem como a equipe feminina do país, que superou as marcas nos revezamentos 4x100 (3’27’’96) e 4x200 (7’37’’50).

A sueca Sarah Sjöström (com tempo de 23''61 nos 50 metros livre), a lituana Rūta Meilutytė (que marcou 29''16 nos 50 metros nado peito), a russa Evgeniia Chikunova (com a marca de 2'17''55 nos 200m também no nado peito) e a canadense Summer McIntosh (batendo 3'27''96 nos 400m medley) são as outras nadadoras recordistas deste ano.

No atletismo, um recorde foi quebrado duas vezes. Na prova de uma milha (pouco mais de 1,6 km), o americano Samuel Prakel marcou 4’01’’21 em abril, novo recorde até então, mas seria superado em outubro pelo compatriota Hobbs Kessler, que cravou 3’56’’13. Em setembro, o norueguês Jakob Ingebrigtsen completou a prova dos 2000 metros em 4’43’’13.

Na maratona, o queniano Eliud Kipchoge vinha enfileirando recordes, até que seu compatriota Kelvin Kiptum (de apenas 23 anos e correndo somente sua terceira maratona oficial na carreira) completou a maratona de Chicago em 2h00’35’’. Vale lembrar que Kipchoge tem uma marca de 1h59’40’’2, a primeira abaixo de duas horas, mas essa prova, no entanto, não fazia parte de uma competição oficial, não sendo reconhecida pela World Athletics, por conta de benefícios concedidos ao atleta ao longo do percurso.

Em maio, o lituano Aleksandr Sorokin superou com folga sua própria marca e completou os longos 100km em 6h05’35’’ — essa prova, no entanto, não faz parte do calendário olímpico. Ainda no atletismo, o etíope Lamecha Girma terminou os 3000 metros em 7’52’’11, enquanto o campeão olímpico Armand Duplantis alcançaria 6,23m no salto com vara e bateria o recorde mundial.

No arremesso de peso, o americano Ryan Crouser alcançou a marca de 23,53 metros. Entre as mulheres, na corrida, a queniana Faith Kipyegon quebrou os recordes dos 1500 e uma milha (3’49’’11 e 4’07’’64, respectivamente). A prova de uma milha road (disputada na rua) também teve um recorde quebrado, em março, pela americana Nikki Hiltz, com o tempo de 4’27’’97, que seria superado, com folgas, em outubro pela etíope Diribe Welteji, que completaria o trajeto em 4’20’’98.

Nos 5000 metros, Gudaf Tsegay, da Etiópia, completou a prova em 14’00’’21, enquanto a queniana Agnes Ngetich percorreu a mesma distância, porém na rua, em 14’25. Ela também quebraria o recorde nos 10km na rua, com tempo de 29’26’’ (ela chegou a conseguir completar a prova no tempo de 29’24’’, mas, depois, foi descoberto que o trajeto era 25 metros mais curto).

A etíope Tigst Assefa completou a maratona em 2h11’53’’, enquanto sua compatriota Emane Seifu Hayile percorreu a prova de 50km em 3h00’30’’. Na marcha atlética, a espanhola María Pérez completou os 35km em 2h35’15’’. No revezamento 4x400 misto, o time americano completou o trajeto em 3’08’’80 (Justin Robinson 44’’47, Rosey Effiong 50’’38, Matthew Boling 45’’13 e Alexis Holmes 48’’82).

No skate, a brasileira Rayssa Leal, aos 15 anos, também entra para a lista com uma nota inédita tanto na sua carreira, quanto na história da competição SLS Super Crown: a final da Liga Mundial de skate street. Cercada por oito mil fãs no ginásio do Ibirapuera, em São Paulo, a atleta garantiu um 9 e conquistou um dos títulos mais importantes da temporada. A soma final das manobras de Rayssa chegou a 31,9; ou seja, 1,3 pontos a mais do que a campeã olímpica Momjii Nishiya.

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