Yuri Romão faz balanço do ano do Sport em vários setores e revela arrependimento: "Trazer o gaúcho"
O presidente rubro-negro confirmou novamente que vai se candidatar às eleições do próximo mês e comentou outros assuntos como SAF, contrato de televisionamento e modernização da Ilha
O presidente do Sport, Yuri Romão, fez um pronunciamento analisando o balanço da temporada rubro-negra dentro e fora de campo, além de conceder uma entrevista coletiva, nesta terça-feira (08), na sala de imprensa da Ilha do Retiro. O mandatário leonino confirmou que irá disputar a eleição, que será realizada no dia 16 de dezembro.
Como a decisão de se lançar candidato ao cargo de presidente aconteceu apenas no fim da última segunda-feira (07), Yuri não detalhou nomes que irão compor a chapa.
Com um pouco mais de um ano no comando do executivo, Yuri destacou os avanços do clube em vários setores como administrativo, patrimonial e de marketing.
Avanços fora de campo
Nesse último setor, o presidente revelou que o Leão renovou seu contrato de patrocínio Master com a Betnacional pelas próximas duas temporadas. Com o novo vínculo, o Sport vai receber o dobro em relação ao acordo anterior.
Um outro avanço comentado por Yuri é a possibilidade de modernização da Ilha do Retiro nos próximos dois anos.
“O resgate da credibilidade e da imagem, trouxe algo muito bom que foi a aparição de grandes empresas querendo investir no clube. Hoje o Sport tem proposta firme de duas grandes empresas para investir no estádio da Ilha do Retiro”.
Futebol
Ao abordar a questão da temporada no futebol, Yuri reconheceu que o Sport não conquistou seu principal objetivo que era o acesso à primeira divisão, porém enfatizou as dificuldades encontradas pela diretoria no período.
“Se for analisar o futebol do Sport diante do que foi encontrado, com duas folhas e indo para a terceira em atraso, sem dinheiro em caixa, sair de uma receita de 50 milhões de cota de televisionamento para sete e a gente chegar na última rodada da Série B disputando, é um mérito. Teve altos e baixos, mas não é desprezível o que foi feito,” iniciou.
“A gente para contratar um jogador, conseguia o sétimo ou oitavo que ia atrás, e pelo dobro do preço que ele valia, porque ninguém queria vir. Técnico a mesma coisa”, completou.
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Arrependimento
Sobre erros e acertos da sua gestão do futebol na temporada, Yuri comentou que um arrependimento foi "trazer o gaúcho, não gosto nem de citar o nome”. Ele se referiu ao técnico Lisca que saiu numa negociação polêmica com o Santos.
Renovação de contratos
Yuri afirmou que ainda não tem conversas com o treinador Claudinei Oliveira, nem nenhuma negociação avançada com jogadores para renovação de contrato. Isso por não ter uma definição em relação às cotas de patrocínio para o próximo ano.
“A gente não chegou a detalhes. Temos alguns encaminhamentos. Temos um planejamento fechado analisando o encerramento dos contratos e as opções do elenco. É uma característica nossa fazer as coisas bem pensadas. De fato, só iremos fechar com os atletas e seus empresários quando tivermos os valores.”
SAF
Um assunto em alta no futebol brasileiro é a questão da SAF e investidores externos. De acordo com Yuri, o Sport tem algo muito interessante para os investidores: estádio, torcida e três títulos nacionais. Ele revelou que o clube recebeu contatos ao longo deste segundo semestre de 2022.
"Recebi cinco possíveis investidores e dois formalizaram o interesse para ver os números. Só vamos partir para uma conversa mais objetiva depois que tivermos um estatuto que suporte uma negociação. E não sabemos algumas coisas como, por exemplo, o valor do clube”.
Televisionamento Série B 2023
O contrato de televisionamento da Série B se encerrou em 2022. Yuri adiantou que as novas propostas chegam a, no máximo, 40% do valor do antigo contrato. Já o vínculo com o pay-per-view segue em vigor. O Sport vai analisar as melhores opções para 2023, sem descartar nenhuma possibilidade.
“Assinar um contrato, hoje, por dois ou três anos com 40% do que se recebia, embora eu tenha certeza de que nesse ano que vem a gente sobe, é uma temeridade. Talvez seja melhor nem assinar, buscar uma forma alternativa de financiar, esperar uma coisa mais a frente. Ao invés de ficar preso a um contrato muito pequeno. Imagine: recebemos R$7 milhões bruto. 40% disso são R$2,8 milhões. Então é melhor buscar mais um patrocínio, transformar a camisa em um abadá e bancar, e não ter televisionamento. A torcida vai chiar, mas a gente vai ter um ganho mais pra frente. Paciência”, iniciou.
"Temos um contrato em vigor com o pay-per-view da Globo. Querendo ou não, está em vigor. Então temos uma receita daí. Esse outro contrato, que é de televisionamento, você tem que optar se vai entrar no contrato do pool ou no pay-per-view. Aí você escolhe o maior, logicamente. Se o pool for muito ruim, eu prefiro ficar só no pay-per-view e bancar o resto”, finalizou.