Sport

Yuri Romão diz que punição do STJD terá "impacto fora do comum" no caixa do Sport

Em entrevista à Rádio Folha, presidente lamentou falta de bom senso no julgamento do Leão e disse que alterará todo planejamento feito pelo clube

Yuri Romão, presidente do SportYuri Romão, presidente do Sport - Foto: Ricardo Fernandes/Folha de Pernambuco

Após punição do Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) ao Sport, com perda de oito mandos de campo e multa de R$ 80 mil reais, o presidente do clube, Yuri Romão, declarou na manhã desta quarta-feira (13), em entrevista ao Programa do Bocão, da Rádio Folha, que o Sport terá um prejuízo muito grande financeiramente.

"Nós tínhamos a esperança que o bom senso prevalecesse, coisa que não ocorreu. E agora, no dia de hoje (13), vou sentar com a equipe de marketing e de comunicação para a gente ver o que a gente faz, porque o prejuízo é muito grande. Isso tem um impacto fora do comum no caixa do clube. É um impacto sem precedentes. A gente está no meio de dois campeonatos que são regidos pela CBF - estamos entrando no terceiro -, e os jogos de punição são nos campeonatos que são organizados pela CBF. É uma coisa que está me preocupando mesmo. Vai alterar todo o planejamento que a gente fez. Mas vamos ter que fazer alguma coisa alternativa", lamentou.

Assim como no pronunciamento feito nesta terça (12), pelas redes sociais do Sport, Yuri Romão reiterou sua indignação com a punição ao clube e questionou a coerência do STJD. 

"Eu entendo como uma injustiça, porque a partir do momento em que o STJD pune o CNPJ do Sport Clube do Recife, ele não está punindo o clube, ele está punindo o funcionário do clube, o atleta, as comissões técnicas, quem mais precisa, que eu diria que são os ambulantes, que nos dias de jogos estão lá vendendo seu 'churrasquinho', seu salsichão, sua cerveja, sua água mineral. Pessoas que dependem dos jogos para poder sobreviver. Está muito cômodo para as suas excelências simplesmente punir o Sport. Qual foi a culpa? Qual foi a lei que embasa essa punição, quando, na verdade, foi um crime, um atentado praticado por membros de uma torcida organizada, que foi feita a 8 km do estádio. Aonde que o Sport tem poder de polícia? Aonde que o Sport, ou qualquer clube, tem condições de fazer a vigilância de uma BR, de uma rodovia federal? Não tem condições! Ou seja, o princípio da razoabilidade não prevaleceu", criticou.

Yuri também garantiu que o clube irá recorrer, apesar de se sentir desmotivado pela punição. "Vamos lutar, com todas as armas que a gente tem, mas às vezes a gente se sente impotente, porque uma caneta é muito mais forte do que qualquer outra coisa", disse.

O mandatário rubro-negro também cobrou o poder público por punições aos torcedores uniformizados que atacaram o ônibus do Fortaleza.

"Até agora são 21 dias do ocorrido e a gente não viu ninguém sendo punido, essa é a grande verdade. Ninguém sendo punido, ninguém sendo preso, ninguém sendo instalado algum inquérito para punir os verdadeiros agressores, os verdadeiros criminosos. Isso ninguém viu. A partir do momento em que a segurança pública começar a entregar essas pessoas, colocar essas pessoas no seu devido lugar, que é a cadeia, aí, sim, a gente começa a achar que há uma movimentação em prol do futebol. Mas o que ocorreu foi um problema de segurança pública, não uma questão desportiva, ou seja, dentro do estádio, ou alguma situação desse tipo, eu até aceitaria a punição, mas nesse caso, um atentado que foi a 8 km do estádio não pode ser considerado um ato desportivo ou um crime desportivo. Foi um ato de violência, que só a segurança pública do Estado de Pernambuco pode reprimir, e não um clube de futebol", afirmou.

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