Santa Cruz

Zagueiro Breno Calixto pede "sangue nos olhos" para partida contra o Floresta

Defensor tricolor aproveitou para fazer apelo à torcida, destacando que entende as críticas, mas pediu pela manutenção da confiança nos objetivos da equipe

Foto: Rafael Melo/Santa Cruz

Após a derrota por 2 a 0 na estreia, diante do Manaus, fora de casa, o Santa Cruz já começa a se preparar para a primeira partida em casa na Série C, recebendo o Floresta, recém-promovido da Série D, no Arruda, no próximo sábado (5). Para o zagueiro Breno Calixto, que respondeu perguntas da assessoria do clube, nesta terça-feira (1), a partida é fundamental para as ambições da equipe no campeonato, o que segundo ele, se caracteriza já como "jogo de vida ou morte" e pede "sangue nos olhos" dos companheiros para garantir os três pontos. O defensor também destacou o sentimento da torcida, para ele, compreensível, mas pediu que não deixassem de acreditar na equipe.

Sobre a derrota do último domingo, Breno destacou a desilusão que tomou conta dos jogadores com o resultado. Para ele, a sensação era boa para a partida, após os 22 dias de preparação no CT do clube, em Aldeia. 

"A gente sabe que foi doída essa derrota, estávamos em uma expectativa muito grande de sair de lá com os três pontos, pelos vinte dias de trabalho com o Bolívar e a comissão inteira. Foi um baque, porque a gente não esperava jogar tão mal, pelo treinamento e a semana que a gente fez. Mas domingo foi totalmente diferente, pecamos em algumas bolas, alguns erros individuais, mas quando perde um, perde todo mundo. Mas o lado bom é que tem o próximo jogo, em nenhum momento aqui houve desconfiança entre nós. A gente sabe muito bem que o trabalho que foi feito nesses vinte dias vai dar resultado. Lógico que a gente quer resultado imediato, a gente já quer no próximo jogo. Só que as coisas, às vezes, não acontecem da forma que a gente quer. E é aí que vem o lado do jogador bom de verdade, saber que se não aconteceu agora, tem que levantar a cabeça e trabalhar", afirmou. 

O zagueiro tricolor destacou a qualidade do próximo adversário do Santa Cruz, mas afirmou, efusivamente, que não pode "nem cogitar empatar ou perder" no sábado e pediu "sangue nos olhos", reconhecendo que a equipe deixou a desejar em Manaus. Para Breno, mesmo na segunda rodada, a partida já ganha contornos de decisão.

"O Floresta é um time organizado, que vem crescendo no futebol e a gente sabe que vai ser difícil. Apesar de estar no começo, mas esse é um jogo de vida ou morte. Porque na Série C, não dá para deixar para depois, e essa é uma das mais difíceis de todos os tempos. E em casa, a gente não pode nem cogitar empatar ou perder. A gente tem um respeito muito grande pelo Floresta, pelo Leston também, que é um grande treinador, só que aqui a gente vai procurar ganhar nossos três pontos de qualquer forma. A gente vai pra cima do Floresta com 'sangue nos olhos', o sangue que a gente não teve lá em Manaus, porque deixamos a desejar. Tem que aceitar crítica de torcida, da comissão técnica, que foi muito forte em cima da gente, porque a gente sabe que deixou a desejar e poderia ter dado mais. Mas serve como aprendizado"

Breno lamentou a ausência da torcida na estreia tricolor em casa. No entanto, o zagueiro destacou que ainda assim é a grande oportunidade de garantir a primeira vitória na competição, que segundo ele, é fundamental para alcançar o objetivo final, que é o acesso à Série B. 

"A gente queria nossa torcida ali, sabemos que independente da derrota, a torcida acredita. Eu sei que eles estão com raiva, feridos pelos anos que o Santa vem fracassando, mas sei que na hora que precisa de apoio, eles não deixam na mão. A gente sabe que o coração fala mais alto, a paixão pelo clube. Sábado, se tivesse liberado a torcida, era no mínimo 20 mil. A gente tá em casa e precisamos fazer valer esse fator. Se queremos alcançar o principal objetivo, que é subir, a gente precisa vencer em casa. Se não pontuar em casa, pode pegar os números, que não classifica. Sábado vamos com tudo que temos de melhor", destacou.

O zagueiro e capitão também comentou sobre a chegada de Wallace Pernambucano, anunciado nesta terça-feira pelo clube. Os dois trabalharam juntos no Náutico, em 2018. Para Breno, o novo atacante "tem a cara do Santa" e vê uma boa chance para impulsionar os outros centroavantes do elenco, em especial, Pipico, que vive jejum de mais de dois meses sem marcar. 

"Vai ser um prazer trabalhar com ele de novo. É um cara que vai chegar para ajudar. Nos últimos anos vem fazendo muitos gols, é um cara que tá 'cheirando a gol'. Vai chegar em uma hora boa pra gente. Ele tem a cara do Santa, porque vai pra guerra, é duro de marcar. Chega para somar, vai travar uma batalha boa com os outros centroavantes, que é uma batalha sempre pra ajudar. Infelizmente a bola do Pipico não tá entrando ainda, mas eu sei que vai entrar, porque é um cara que trabalha bastante. Nosso time tá encorpando e tenho certeza que as coisas vão começar a andar", afirmou.

Breno também comentou sobre as críticas da torcida tricolor, insatisfeita com o início de ano do clube. Para o zagueiro, o sentimento é compreensível e as críticas precisam ser feitas, mas garante que quando chegar o momento de apoiar, os torcedores estarão presentes. 

"Não adianta essas entrevistas que a maioria dos jogadores dão por aí, dizendo que vai melhorar, mas eu entendo muito o sentimento da torcida. Se eu fosse torcedor do Santa Cruz hoje, estaria do mesmo jeito, xingando todo mundo, é o momento deles de criticar e tem que criticar mesmo, agora, quando chegar a hora de apoiar, eu sei que eles não vão deixar a gente na mão", comentou. 

Breno continuou, pedindo que não usem a partida do último domingo como régua para medir o desempenho da equipe no ano. 

"Só não quero que em nenhum momento haja desconfiança em nós e na nossa comissão. Um jogo não pode dizer o que vamos fazer no campeonato. A gente errou, muito, mas temos a semana para melhorar e no sábado tentar os três pontos", seguiu.

Por fim, Breno fez um apelo à torcida, pedindo o apoio e reiterou a compreensão às críticas e cobranças da torcida. Para o jogador, a torcida precisa estar do lado da equipe. 

"Joguem pra fora a raiva que vocês tem, estão todos no direito. O Santa não vive um bom ano, mas em nenhum momento vocês podem perder a confiança na gente. A gente vai fazer um bom trabalho, uma boa Série C. A gente quer trazer vocês pro nosso lado. Não queremos vocês afastados, jogadores versus torcida. Queremos que vocês critiquem, tem que criticar, porque jogador muito acomodado, sem crítica de torcida, não vai. Mas quando tiver a hora de apoiar, apoia. A crítica é importante, mas o apoio é mais ainda", concluiu.

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