O arroz no Brasil (final)
Lecticia Cavalcanti é especialista em Gastronomia. Escreve toda semana neste espaço.
Há dois tipos básicos de arroz - os de grão longo e os de grão curto. Cada um para acompanhar pratos específicos. Os primeiros, quando cozidos, ficam mais soltos. Ideal para serem servidos como acompanhamento. Entre eles o “parboilizado” (do inglês “to parboil”, que significa pré-cozido), uma invenção norte-americana. Enquanto os de grão curto ficam mais cremosos. E, por terem baixa amilase, acabam absorvendo o sabor dos outros ingredientes. São ideais na preparação do risoto - que, ensinam os italianos, depois de pronto deve ser apresentado “all’onda”, movimentando-se no prato como uma onda. Nesse grupo estão o “vialone nano”, o “arbório” e o “carnaroli”.
Por fim, só duas lembranças mais. A de que o vulgarmente chamado “arroz selvagem”(wild rice), agora tão em moda, nem arroz é - mas apenas semente de uma grama nativa da América do Norte. E a de que aquele arroz que se joga nos noivos, à saída dos casamentos, é costume ancestral chinês. Com ele os convidados desejando, ao novo casal ali presente, votos de saúde muita e felicidade eterna - enquanto dure, claro.
Receita>
Arroz de Carreteiro
Ingredientes
½ xícara (de chá) de azeite
3 cebolas (picadas)
1kg de charque (cortado em cubos ou lascas e aferventada três vezes)
3 tomates (sem pele e sem semente)
½ kg de arroz parboilizado
Sal e água para cobrir
Preparo
Em panela de ferro, coloque o azeite e doure a cebola. Junte a carne e frite até que comece a grudar na panela
Acrescente o tomate e deixe até desmanchar. E o arroz. Ajuste o sal
Coloque água, o suficiente para cobrir e ficar 1cm acima do arroz
Desligue o fogo quando o arroz estiver cozido e ainda úmido