Pernambuco é 13º em ranking de competitividade dos estados
Apesar de manter a 13ª posição, o Estado caiu cinco posições no pilar fiscal por conta da redução dos investimentos públicos
A crise fiscal e econômica não rebaixou apenas o grau de investimento do Brasil. Esses também foram os itens que mais influenciaram o desempenho das federações brasileiras no Ranking de Competitividade dos Estados 2016. Divulgado nesta segunda, o estudo mostra que até tradicionais líderes registraram quedas no campo econômico. São Paulo, novamente classificado como o mais competitivo, por exemplo, viu a nota de solidez fiscal despencar de 80,2 para 49,5. A queda foi ainda pior em Pernambuco. Apesar de manter a 13ª posição no ranking geral de competitividade e ampliar seu potencial de mercado, o Estado caiu cinco posições no pilar fiscal por conta da redução dos investimentos públicos, como aconteceu com a Refinaria Abreu e Lima.
“A piora no quadro fiscal é generalizada. Está no grau de investimento, resultado nominal, grau de endividamento e execução do orçamento”, declarou o analista da Tendências Consultoria Fábio Klein, dizendo que “Pernambuco poderia ter maior crescimento se tivesse uma gestão fiscal melhor”. Ele explicou que o Estado obteve um bom desempenho no potencial de mercado, que analisa o Produto Interno Bruto (PIB) dos estados nos últimos cinco anos, passando da 20ª para a 16ª posição.
O crescimento, porém, foi ofuscado pela piora no quadro fiscal, cuja nota passou de 90,9 para 58,4 de 2015 para 2016. “Os investimentos representavam 13,77% da receita líquida do Estado em 2014, mas marcaram apenas 5,43% em 2015. Pernambuco tinha um grau de investimento acima da média brasileira, mas em um ano foi para baixo desta média. E esta queda brutal dos investimentos tem haver com ajuste fiscal”, argumentou Klein.
Pernambuco ainda caiu no quesito administração da máquina pública, mas melhorou em infraestrutura e capital humano. Com isso, manteve a 13ª colocação, a melhor dos estados nordestinos no ranking. Elaborado pelo Centro de Liderança Pública (CLP) em parceria com a Tendências Consultoria e a Economist Intelligence Group, o estudo analisa 13 pilares dos estados brasileiros e foi liderado por São Paulo, Paraná e Santa Catarina neste ano. As últimas posições ficaram com Acre, Sergipe e Alagoas.