Aposte mais no arroz

As versões integral e vermelho são as mais recomendadas para aporte nutricional

Concentração de nutrientes varia entre os tipos de arroz - André Nery/Arquivo folha

Para uns, arroz é item dispensável no prato. Já outros defendem o cereal como o acompanhamento perfeito das refeições do dia a dia. Seja no papel de vilão ou mocinho, esse é um item onipresente na mesa de qualquer brasileiro.

Tão popular, que muita gente nem se dá conta dos seus reais benefícios (ou não) para o bom funcionamento do corpo. Sabia, inclusive, que há um tipo de arroz com substância capaz de amenizar a incidência de doenças cardiovasculares?

Mas antes de falar sobre ele, em específico, é importante entender como se forma a estrutura deste cereal. “Ele é bem nutritivo, mas quando a gente come o branco e polido, em que é retirada a casca desse arroz, perde-se todos os seus nutrientes.

E as fibras estão exatamente no entorno dele, por isso que a versão integral ou mesmo o vermelho, que a gente encontra pelas cidades do Interior, são mais nutritivos”, explica a nutricionista Joyce Moraes. Sendo assim, ela reforça que o branco ou também chamado de agulhinha tem apenas carboidrato. “Que é caloria vazia”, afirma.

Essa tal capinha retirada durante o processamento é fonte de fibras e vitaminas. “Tem gente que não gosta do integral, porque acha ele mais duro. Porém, tudo que tem fibra e nutrientes é mais duro. Uma forma de repor e nutrir esse arroz, é usando o aporte dos vegetais. Ensino sempre meus pacientes a colocar cenoura ou beterraba ralada.

Não precisa fazer ele escorrido, pode ser refogado numa panela antiaderente, com pouca gordura e adição de alguns temperos, já que este é um ingrediente de sabor neutro”, ensina a especialista.

O integral ainda possui minerais e menos carboidratos que o branco. Tem vitaminas do complexo B, minerais como zinco, selênio, cobre e manganês, além de fitoquímicos com ação antioxidante. Algumas pesquisas associam seu consumo com a diminuição de problemas cardíacos, câncer e até diabetes.

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BOM PARA O CORAÇÃO
O arroz vermelho do Japão tem uma propriedade chamada monascus purpureus. “É fermentado por uma espécie de levedura que produz a chamada monocolina k, que tem sido referência em tratamento de problemas cardiovasculares”, re­força Joyce Moraes.

O arroz vermelho é usado há séculos na gastro­nomia oriental, inclusive na ótica de alimento medicinal, capaz de promover a boa circulação do sangue.