Filme protagonizado por Paulo Betti chega aos cinemas no final do mês de agosto
Longa dirigido por Alain Fresnoit, 'Uma Noite Não é Nada' estreia no próximo dia 22 de agosto
“Os nomes dos personagens do filme 'Uma Noite Não é Nada' são relacionados aos meses do ano. Isso já é uma pista sobre a questão da passagem do tempo, que é elemento importante para composição da trama”, diz o diretor do filme, Alain Fresnoit, ao ser questionado sobre o componente chave do filme nacional, que estreia nos cinemas no dia 22 de agosto. A associação com calendário é feita a partir do tempo de vida do personagem protagonizado por Paulo Betti (Agostinho) na narrativa.
Luiza Branca (Márcia) e Claudia Mello (Januária) fecham o trio protagonista do trabalho, que relata a história de um professor de física, Agostinho, e do seu novo relacionamento com sua aluna, Márcia, mulher bem mais nova que ele. Aparentemente romântico e encantador o relacionamento entre os dois começa a se intensificar, colocando o casamento do professor com Januária em risco. No desenvolvimento do longa, o professor descobre que a jovem é soropositiva e que também possui conturbados distúrbios psicológicos. Em meio a tudo isso, também se desenha uma atitude perversa de um "homem de bem", que, ao não se sentir satisfeito sexualmente, abusa da amante.
A história se passa na São Paulo de 1980 e destaca temas que fizeram parte fortemente do contexto da época, a exemplo da depressão e HIV. Pela segunda vez atuando em filme de Alain Fresnoit, o ator Paulo Betti, em entrevista à Folha de Pernambuco, definiu a abordagem desses temas delicados de forma amena com a equipe: “Entre os autores e a produção, foi tudo produzido de forma harmoniosa. Respeitando os nossos limites”. Segundo Betti, facilitcou o trabalho o bom alinhamento com a equipe. "Pra mim, foi um produto bem detalhista e elaborado passo a passo. Alan é um diretor que faz os planos todos estudados com antecedência", destacou.
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De acordo com diretor francês radicado no Brasil Alain Fresnoit (“Família Vende Tudo” e “Desmundo”), a história irá despertar a curiosidade principalmente por levantar a possibilidade dos vários tipos de amor, a exemplo da atitude de Januária ao descobrir o romance do marido com a aluna. “No começo do filme, você não se dá conta da importância de Januária. Ela vai crescendo na mesma intensidade do romance de Agostinho e Márcia. A compaixão com o fim da vida do marido. O entendimento sobre as maneiras de amar e a compreensão de que cada um ama de sua maneira, claro, dentro de suas circunstâncias”.