França deve adotar pulseira 'anti-aproximação' contra a violência conjugal
Número de feminicídios na França este ano superou os dados registrados em 2018 pelo governo
O Parlamento da França, país em que mais de 210 mil mulheres são vítimas a cada ano de violência física ou sexual por parte de seu parceiro, deve aprovar em definitivo nesta quarta-feira (18) a pulseira 'anti-aproximação' para afastar os homens violentos.
O Senado francês aprovará um projeto de lei que recebeu apoio quase unânime da Assembleia Nacional na semana passada. O número de feminicídios na França este ano superou os dados registrados em 2018 pelo governo, com 122 casos confirmados, de acordo com um balanço da AFP.
Leia também:
Greve na França apesar de pedido de diálogo do governo
Mulheres protestam na América Central contra feminicídio
A pulseira, que já existe na Espanha, onde os feminicídios diminuíram de forma significativa, permite a geolocalização e manter à distância os parceiros ou ex-parceiros violentos graças à ativação de um sinal.
Dependendo do consentimento do cônjuge violento, a pulseira pode ser ativada "como uma penalidade, antes do julgamento no âmbito de um controle judicial ou à margem de qualquer denúncia no âmbito civil de uma ordem de restrição", afirmou a ministra francesa da Justiça, Nicole Belloubet.