Porto de Suape tem nova área de fundeio

Três áreas foram delimitadas para navios que aguardam atracação no porto. Com o novo espaço, pescadores serão beneficiados

Porto de Suape - Usina de filmes/DIVULGAÇÃO

O Porto de Suape teve uma nova área de fundeio delimitada, um espaço em alto-mar que serve para que os navios possam esperar a libração e atracar em um dos 13 berços do porto. A nova marcação estabelece duas áreas chamadas de fundeadouros e uma de quarentena, e suportam até 54 embarcações ao mesmo tempo. Com a medida, pescadores da região vão contar com mais espaço no mar desenvolver a atividade.

De 2012 a 2019, o Porto de Suape registrou uma média de nove navios fundeados por dia, e o número de atracações nos píeres e cais do porto, em 2019, chegou a 1.402. Como os fundeadouros estão dentro da poligonal do Porto Organizado, a fiscalização do local cabe à Suape, que pode estabelecer sanções em caso de descumprimento.

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De acordo com Ednaldo Rodrigues de Freitas, uma das lideranças da Associação de Pescadores e Pescadoras Artesanais em Atividade no Cabo de Santo Agostinho, com o espaço a categoria terá mais espaço para praticar a pesca, visto que antes os fundeios estavam em regiões mais propícias para a pesca. “A grande importância para nós, pescadores, na nova limitação do fundeio, é que ele estava estabelecido em locais ricos para captura de peixe, lagosta e molusco, como polvo. A mudança vai aumentar o espaço para a gente pescar”, explicou.

A primeira e maior das três áreas é o fundeadouro 1, que possui 1.172 hectares para abrigar navios com até 14,5 metros de calado máximo, a distância vertical entre a superfície da água e a parte mais baixa da quilha do navio. A segunda área, o fundeadouro 2, tem 583 hectares e destina-se a embarcações com calado máximo entre 14,5 metros e 17,3 metros. Já a terceira área possui 78 hectares reservados para navios em quarentena, que precisem, por algum motivo, ficar afastados.

A nova área de espera dos navios para o Porto de Suape foi a uma decisão tomada pelo próprio porto, juntamente com a Capitania dos Portos e os pescadores artesanais que praticam a atividade na região.

Segundo o diretor de Gestão Portuária de Suape, Paulo Coimbra, a escolha do local vai trazer ganho para os navios e para os pescadores. “Colocamos um processo de segurança no porto, onde as embarcações ficam em uma área segura, onde elas são reconhecidas e isso já está na carta náutica. Um ponto que trabalhamos foi de escolher os pescadores, para não interferir com a atividade de pesca da região. Depois de estudos encontramos uma posição para acomodar embarcações de grandes dimensões, e também uma área de quarentena”, disse.