Crítica: 'Um espião animal' satiriza filmes de espionagem

Animação com vozes de Lázaro Ramos e Taís Araújo na versão brasileira chega aos cinemas nesta quinta-feira, garantindo diversão para crianças e adultos

"Um espião animal" - Divulgação

Filmes de espionagem, como os das franquias 007 e Missão: Impossível, fazem sucesso no mundo do cinema há várias décadas. "Um espião animal", primeiro filme dos diretores Nick Bruno e Troy Quane, brinca com alguns dos elementos clássicos desse gênero cinematográfico. Produzida pela Blue Sky Studios (que pertence à Disney), a paródia em formato de animação chega nesta quinta-feira (23) às salas de cinema brasileiras.

O longa-metragem tem como protagonista Lance Sterling (Will Smith na versão original e Lázaro Ramos na nacional), um renomado agente de espionagem. Extremamente competente, porém vaidoso e egoísta, ele acaba caindo na armadilha de um vilão e é acusado injustamente de roubo. Perseguido pela agente Marcy (Rashida Jones em inglês e Taís Araújo em português), sua única saída é contar com a ajuda do jovem inventor Walter Beckett (Tom Holland), que ele próprio havia demitido por criar apetrechos tecnológicos pouco convencionais. Ao ingerir uma fórmula inventada pelo garoto, o espião transforma-se em um pombo.

O que garante o humor do filme é a dinâmica entre os dois personagens, cujas personalidades são totalmente diferentes. As piadas conseguem agradar tanto as crianças como seus acompanhantes adultos, sem recorrer a temas fáceis, algo comum em animações. Os momentos de Lance como pombo, especialmente quando está interagindo com o trio de aves Amore, Jeff e Olhos Doidos, arrancam gargalhadas de toda a família.

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Se os protagonistas e seus ajudantes têm carisma de sobra, o mesmo não pode ser dito do vilão. Um dos pontos fracos do filme, aliás, é a presença nada marcante do malvado Killian (Ben Mendelsohn). Falta empenho no roteiro na hora de apresentar as motivações por trás de seus atos maléficos.

O desenho animado não consegue fugir de todos os clichês do gênero. Assim como tantas outras obras para o público infantil, o enredo caminha rumo a um desfecho acompanhado de lição de moral. Nesse caso, o mote é a importância do trabalho em equipe. A mensagem, no entanto, casa bem com a proposta do filme, que deve conquistar crianças e adultos.