Cobra Restaurante chega na sua quarta edição

No mesmo endereço na Zona Norte, projeto pop-up continua sendo o Brasil de todas as mesas

Todo o refresh do tartar de atum - Leo Malafaia/Folha de Pernambuco

A quarta temporada do Cobra Restaurante sobe mais um degrau na intenção de trazer novas experiências com a gastronomia brasileira. Afinadas, as sócias Nina Wicks e Monize Guimarães convidaram o chef Lucas Muniz, velho conhecido da dupla, para montar o cardápio longe de qualquer zona de conforto. Entenda a missão pelo lado de quem vai à casa, no mesmo endereço no Parnamirim, e se depara com ingredientes fora da cena comum.

Na lista, a costela de tambaqui aparece estreante com o aviso de “sob consulta”. O peixe de água doce, comum no Pará, é iguaria exótica no cardápio nordestino, possível de ser conhecido nos fins de semana. Tanto que só foi implementado quando um fornecedor paraense se comprometeu com o envio do pescado. Na mesa, ele chega robusto, assado na manteiga de jambu, servido com palmito pupunha braseado, mais purê gratinado de couve-flor e vinagrete de tomate concassê (R$ 44). Esse é, sem dúvida, um dos melhores trunfos do novo menu, que também vale ser percorrido a partir das entradas.

O tartar de atum no vinagrete de tucupi, picles de maxixe, maionese defumada e chips de macaxeira é pedida refresh (R$ 29). Nem um pouco parecido com o pastel sequinho, com massa própria da casa recheada com creme de abóbora defumada e couve-flor picante, mais emulsão de castanhas e gergelim preto (R$ 22). Mesmo com produções assim, tão distintas em textura e complexidade de sabor, fica fácil emendar a experiência em outro ponto forte desse projeto: a carta de drinques. Essa parte da história segue firme na ideia de oferecer ingredientes brasileiros, como já era anunciado desde a primeira temporada no final de 2018.

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Vá sem medo no Uirapuru, que mistura cachaça de amburana, xarope de cajá e redução de Catuaba Selvagem (R$ 18). Docinho. Marcante. Para seguir com outra pedida, a já conhecida Coral, à base de gin, xarope de frutas vermelhas, limão siciliano e tônica, leva xarope feito na casa. De volta aos pratos, ficou do antigo cardápio o baião de dois de pato confit e as croquetas de pato com redução de tucupi e geleia de umbu. No mais, tudo fresquinho. O único para dividir é a maminha de barbecue, servida com baião de dois e farofa de beiju (R$ 77 para dois). Já o risoto de cogumelos é pedida vegana que acompanha carne de caju. Por fim, todas as apostas na musse de umbu (R$ 22). Fruta levemente ácida, na textura de um creme equilibrado com um fio de azeite de oliva e gelatina feita na casa com extrato de frutas vermelhas e uva.

Serviço:
Cobra Restaurante
Endereço: rua eng. Clóvis de Castro, 62, Parnamirim
Informações: 3204.7967
Instagram: @cobrarestaurante