Saiba como ter menos carne vermelha na rotina

Nutricionista ensina como reduzir o consumo da proteína e adotar novos hábitos alimentares

Substituição inclui consumir mais legumes e grãos - Ed Machado/Folha de Pernambuco

O consumo de carne vermelha vem caindo entre os brasileiros. Pelo menos é o que diz a última pesquisa sobre o assunto, divulgada pelo Instituto Datafolha, sobre o interesse de 63% das pessoas em reduzir esse tipo de alimento. Seja por questões medicinais ou pela afinidade com a filosofia vegana, essa não é uma decisão prática de ser tomada da noite para o dia. Exige foco, autocontrole e conhecimento sobre o tema.

Para ajudar quem faz parte desta estatística, Jéssica Santos, nutricionista da empresa alimentícia Superbom, aponta dicas que podem facilitar nessa transição. “Comece aos poucos. A melhor forma de o organismo se acostumar com a nova alimentação é mudar gradualmente, começando por um dia da semana. Quando tentamos introduzir novos costumes na rotina bruscamente há maior chance de não nos adaptarmos e desistirmos”, explica. O conselho é válido. Esse é um alimento com contexto histórico. Está presente na feijoada, nos pratos cozidos e nos vários tipos de churrasco.

Embora seja um alimento rico em ferro, zinco e vitaminas, profissionais de saúde lembram o seu alto poder inflamatório, por conta da quantidade de gordura que estimula a produção de ácidos biliares no intestino. Sendo assim, é comum se sentir pesado e inchado após ingerir um corte robusto na hora do almoço, mesmo que se trate de um produto de qualidade. Por outro lado, esse é um tipo de alimentação que acompanha o homem desde a pré-história, justificando um tipo de consumo que atravessa milênios.


Como adaptar?

Ter refeições mais equilibradas ajuda a repor os nutrientes perdidos com essa restrição. vale inserir mais verduras, grãos, frutas e, principalmente, leguminosas. “Carnes 100% plant-based que imitam a carne animal, além de serem enriquecidas com nutrientes, são algumas opções de alimentos que podem ajudar no novo hábito alimentar sem abrir mão do sabor e da nutrição”, aponta Jéssica Santos.

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Para quem está acostumado a comer em grandes quantidades, reduzir as porções de comida aos poucos também ajuda a estabelecer o novo hábito. Procurar se alimentar nos horários certos, estabelecendo uma rotina, também ajuda. “Com isso, a pessoa evita a ingestão exagerada de alimentos quando for comer e até dos famosos snacks entre uma refeição e outra”, explica. Vale montar o próprio cardápio e até deixar marmitas para a semana. Desse jeito, fica mais fácil resistir às tentações presentes em bufê ou em encontros de amigos. Além disso, o hábito de cozinhar a própria comida ajuda na descoberta desse novo paladar e na criação de pratos diferentes de acordo com o gosto pessoal.