'É um pouco por causa dele que estou na Seleção', diz Tite sobre Dal Pozzo

Treinador lembrou parceria com o comandante alvirrubro, na época jogador, pelo Caxias, em 2000

Gilmar Dal Pozzo, técnico do Náutico - Ed Machado/Folha de Pernambuco

Em meio a questionamentos sobre preparação para as Eliminatórias Sul-Americanas da Copa do Mundo de 2022, no Catar, convocação e tantos outros temas envolvendo a Seleção Brasileira, o técnico Tite também foi perguntado sobre a relação com um nome conhecido do torcedor pernambucano: Gilmar Dal Pozzo, treinador do Náutico. A indagação tem fundamento. O comandante do Brasil é amigo pessoal de Dal Pozzo, sendo campeão gaúcho em 2000, pelo Caxias, com o atual profissional do Timbu ainda ocupando o posto de goleiro. "É um pouco por causa dele que estou aqui", disse Tite.

“Sou muito grato a uma série de pessoas e uma delas é Gilmar. Ele jogou com o dedo quebrado na campanha em que fomos campeões gaúchos pelo Caxias. Colocou uma proteção e vencemos o Grêmio por 3x0 em casa. O Grêmio de Ronaldinho, Roger, Zinho, Danrlei...de investimentos altos. Depois empatamos em 0x0 no Olímpico. Ele ainda pegou um pênalti no final. Foi o primeiro salto que tive na carreira, mudando de patamar. Ele faz parte dessa história”, explicou.

Em seu primeiro ciclo na Seleção, o técnico Tite convocou o então atacante do Sport, Diego Souza (hoje no Grêmio), para alguns amistosos e partidas das eliminatórias. Questionado se continuava observando atletas do Nordeste, o treinador indicou não há uma atenção específica para uma determinada região. “Não gosto de regionalizar. Quando pegamos apenas esses detalhes, polarizamos as situações. O Brasil é um país continental. Não tive problemas em convocar Diego Souza antes. Toda escolha passa pela evolução, qualidade, momento. Muitas vezes, em três, quatro meses, o atleta pode estar na plenitude ou não ter um bom desempenho”, afirmou o treinador.

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Laterais


Vejo posição e função. Observa a função que Daniel exerce no São Paulo. Ele joga ao lado do Tchê Tchê, como um construtor. Ele é um armador. Olha o gol que fizemos contra a Argentina. O setor que ele estava foi justamente o setor que ele exerce por dentro no São Paulo. A função é muito parecida. Sobre Alex Sandro, um detalhe importante: olha o nível de enfrentamento dele, jogos de exigência física e técnica alta, com Liga dos Campeões. Temos que analisar tudo isso. Danilo tem alternado. No último jogo quem atuou foi Cuadrado, mas no outro foi ele. Renan Lodi fez um grande jogo contra o Liverpool também. Quero que eles fiquem competindo cada vez mais. Quanto mais alta, melhor. O nível vai aumentar.

Thiago Silva e Daniel Alves


Não duvido da capacidade de Daniel Alves. Com os títulos e liderança que tem e, após ter um problema sério na Copa do Mundo, voltar e ser o melhor jogador da Copa América? Não posso ter preconceito (de idade). Thiago também joga muito. Foi um dos melhores zagueiros da Copa. Não vou ter esse preconceito.

Éverton Ribeiro, Bruno Henrique e Gabigol

Éverton Ribeiro é jogador de flutuação, composição no meio-campo pelo lado direito. Fez isso bem para o Cruzeiro. No Emirados Árabes, o nível de futebol lá era mais baixo, mas agora ele retomou o grande momento (no Flamengo). Gabriel da mesma forma. Começou pelo lado, mas agora se firmou por dentro. Bruno também.