Weintraub sugere que escolas e faculdades criem planos de aulas remotas por causa do coronavírus
Para o ministro, é importante que escolas e faculdades pensem em um 'cenário de contingência'
O ministro da Educação, Abraham Weintraub, publicou vídeo nas redes sociais nesta quarta-feira (11) em que sugere a instituições de ensino se prepararem para atividades escolares a distância por causa do coronavírus.
Para o ministro, é importante que escolas e faculdades pensem em um "cenário de contingência" e tenham prontos planos de aulas remotas e evitem eventos com aglomeração de pessoas. Ele também citou a possibilidade de alterações no período de férias.
"[Em] uma cidade ou região que precise ter uma atenção mais especial [é importante] que nós tenhamos prontos plano de aulas remotas, você manda aulas para os alunos, disponibiliza o email, Youtube, Skype, internet, para evitar aglomeração, evitar transmissão mais aguda do coronavírus", disse no vídeo.
Leia também:
Sobe para 52 o número de casos do novo coronavírus no país
Brasil pode ter 4.000 pessoas com coronavírus em 15 dias após o 50º caso
Ibovespa cai mais de 10% com pandemia de coronavírus
Cabe a estados, municípios e a escolas e faculdades particulares definirem os calendários de aulas. As universidades federais também têm autonomia para tratar dessas questões. De acordo com Weintraub, o MEC está se preparando "sempre orientados pelo Ministério da Saúde para, caso venha a acontecer qualquer coisa, os danos seja os menores possíveis".
O ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, ponderou que a suspensão de aulas na educação básica pode agravar riscos para avós das crianças, público de risco mais elevado para a doença. "Quando se fazem férias escolares ou suspensão de aula, essas crianças vão ficar com quem? Se for para colocar com os avós, vou contaminar aqueles que mais quero proteger, que são os idosos e os doentes crônicos", disse Mandetta nesta quarta em audiência na Câmara
O Brasil já soma 52 casos confirmados do novo coronavírus. Os dados são de plataforma do Ministério da Saúde atualizada com dados até o início da tarde desta quarta-feira (11).
Entre as novas confirmações, 11 ocorreram em São Paulo, cinco no Rio de Janeiro, uma no Rio Grande do Sul e outra no Distrito Federal. Com a atualização, ao menos sete estados e o Distrito Federal já têm registros do covid-19. O maior número ocorre em São Paulo, onde há 19 casos confirmados até o momento.