Consequências econômicas serão maiores do que 5 ou 7 mil que vão morrer, diz dono do Madero

Em vídeo, Junior Durski expôs seu ponto de vista sobre medidas de isolamento no combate ao coronavírus no País

Em alguns empreendimentos, Durski é sócio do apresentador Luciano Huck, possível candidato à presidência em 2022 - Divulgação/Facebook

O empresário paranaense Junior Durski, dono da rede de restaurantes Madero, compartilhou nesta segunda-feira (23) um vídeo nas redes sociais em que critica medidas restritivas sobre setores econômicos como resposta a expansão do novo coronavírus no Brasil. Ele afirma que o número de mortes causadas pela doença não será tão grave quanto o de desempregos.

"O Brasil não pode parar dessa maneira. O Brasil não aguenta. Tem que ter trabalho, as pessoas têm que produzir, têm que trabalhar. O Brasil não tem essa condição de ficar parado assim. As consequências que teremos economicamente no futuro vão ser muito maiores do que as pessoas que vão morrer agora com o coronavírus", disse no vídeo.

Apoiador do governo de Jair Bolsonaro, Durski é sócio do apresentador de TV Luciano Huck, apontado como candidato à presidência em 2022. No vídeo do Instagram, o empresário diz que deve haver um "controle" sobre as restrições. "Não pode simplesmente os infectologistas decidirem que tem que todo mundo parar independente das consequências gravíssimas que o Brasil vai ter na sua economia", afirmou.

O empresário aponta ainda que inevitavelmente devem morrer milhares de pessoas com a nova doença e apresenta números maiores de óbitos por outras razões. Ele afirma, por exemplo, que, em 2018, foram 57 mil pessoas assassinadas e outras seis mil mortas por desnutrição.

"Agora vão morrer cinco mil pessoas por coronavírus que nós não podemos evitar. Não tem como fechar tudo, se esconder do inimigo e não trabalhar", completou. Segundo Durski, caso os controles sobre setores da economia permaneçam, o número de desempregados no Brasil vai saltar para até 40 milhões no próximo ano, o que pode gerar outros tipos de mortes no futuro, como por doenças psicológicas.

"Estou preocupado com o Brasil, com a situação toda, com o pequeno empresário, o vendedor de pipoca, a pessoa que tem um mercadinho, um restaurantinho, um barzinho, esse vai quebrar e não vai ter o que fazer. Estou preocupado com os 30 milhões que não terão emprego em 2021. Tem que ser mais realista para esse negócio todo", disse.

No vídeo, o empresário também afirma que vai manter os empregos dos seus cerca de oito mil funcionários e que possui condições de manter seus estabelecimentos fechados por até seis meses. "Vamos pensar que tem que ser mais racional [...]. Não estou falando por mim, a minha empresa tem condições e recursos", afirmou.