Cruzeiro chama credores para negociar dívidas de até R$25 mi
No final de janeiro, o clube revelou o tamanho de suas dívidas na Fifa, algumas com pagamento imediato, outras às quais ainda cabem recursos
Apesar da paralisação no calendário brasileiro de futebol por conta do novo coronavírus, as contas dos clubes continuam sendo cobradas. No Cruzeiro não é diferente. Sem novas receitas entrando nos cofres, a diretoria resolveu chamar seus principais credores para renegociar as dívidas mais urgentes. Somente em ações na Fifa, a equipe celeste terá que pagar quase R$ 30 milhões neste primeiro semestre.
No final de janeiro, o clube revelou o tamanho de suas dívidas na Fifa, algumas com pagamento imediato, outras às quais ainda cabem recursos. Na época, o Cruzeiro informou que R$ 25 milhões deveriam ser pagos até o primeiro semestre de 2020.
Na segunda metade do ano, será necessário desembolsar mais R$ 22 milhões. Para a temporada de 2021, por enquanto, não há ações cobradas por outros clubes na entidade maior do futebol, restando "somente mais cerca de R$ 5 milhões em 2022. Juntos, os valores superam R$ 50 milhões.
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Sem revelar quais dívidas ou com quais credores o clube está conversando, Carlos Ferreira, integrante do Conselho Gestor do Cruzeiro, confirmou que as renegociações estão em andamento para tentar postergar o pagamento dos valores.
"Os processos que lá tramitam já estão em fase final de execução, não cabendo mais recursos. Dessa forma, temos que negociar diretamente com os clubes que acionaram a Fifa. As negociações estão tendo boa evolução e esperamos, em um curto espaço de tempo, que todas as negociações seja concluídas em benefício do Cruzeiro", comentou o dirigente, em entrevista à Rádio Itatiaia.
Além das dívidas emergenciais, o Cruzeiro já precisou firmar compromissos importantes para pagar novas pendências no futuro. Para se desfazer de um elenco repleto de medalhões e grandes jogadores, o clube entrou em acordo com vários deles. Os que permaneceram na equipe, como Fábio, Léo e Edilson, serão pagos apenas dentro do teto estipulado pela diretoria em 2020.
Contudo, no ano que vem, a diferença em relação ao salário firmado em contrato começará a ser paga a partir de maio, quando o clube espera estar novamente na primeira divisão do Brasileirão. Há ainda aqueles que saíram ou estão em rota de saída, que acionaram o clube na Justiça e devem aumentar ainda mais lista de dívidas da Raposa.
Para tentar reduzir o estrago financeiro enquanto o calendário nacional segue parado, o Cruzeiro concedeu férias para boa parte dos funcionários do setor administrativo, além de 20 dias de férias a seus jogadores e membros da comissão técnica, podendo estender o período por mais dez dias dependendo dos desdobramentos da pandemia do novo coronavírus. Ainda há a possibilidade de reduzir 25% dos vencimentos desses profissionais.