Chuva de meteoros 'Líridas' ilumina céu entre terça e quarta-feira
O fenômeno poderá ser visto a olho nu
Uma chuva de meteoros será responsável por um show estelar entre a terça (21) e quarta-feira (22). Chamado 'Líridas', este fenômeno acontecerá entre os dias 16 e 25 de abril, quando a terra atravessa os detritos deixados pelo cometa C/1861 G1 (Thatcher) nas suas passagens “trânsito” pelo sistema solar.
O Coordenador do Observatório Astronômico do Alto da Sé, vinculado ao Espaço Ciência, Cleiton Batista, explica o que é a chuva. “Ela é um fenômeno astronômico e luminoso causado quando um fragmento espacial atravessa a atmosfera terrestre, nesse caso meteoros.”
“O nome da chuva de meteoros geralmente está relacionado ao radiante, ou seja, nesse caso, à constelação da Lira”, completa o coordenador.
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As pessoas que não tiverem um telescópio não precisam se preocupar, pois o fenômeno é democrático e pode ser visto a olho nu, por permitir um maior ângulo de observação. Muitos deles entrando ao mesmo tempo na atmosfera criam um espetáculo deslumbrante, conhecidos popularmente de “estrelas cadente”.
Para os que irão aproveitar a vista de Recife, a média máxima é de 13 meteoros por hora, que varia de acordo com as condições de observação, ou seja, quanto mais límpido e escuro for o céu observado, maior a possibilidade de observar os meteoros. A chuva deve perdurar até o final da madrugada.
Levando em conta a situação de isolamento social, Cleiton alerta: “A maneira mais eficaz de observar a chuva de meteoros nesse período de Pandemia é respeitando as medidas de isolamento social, e fazendo observação do interior da casas, a partir de uma área que permita uma boa visão do céu, preferencialmente um local escuro, que não tenha tanta influência da poluição luminosa.”
“Essa chuva de meteoros é melhor observada no Hemisfério Norte, tendo uma taxa média de meteoros bem superior se comparado ao Hemisfério que estamos localizados geograficamente. No Brasil, quanto mais ao norte, o observador estiver, maior será a chance de observar os meteoros, ou seja, nos estados da região norte do país”, complementa o coordenador.