Porto do Recife aumenta em 60% a movimentação de cargas no mês de março

Foram registradas 162.469 toneladas de mercadorias, contra 101.381 no mesmo período em 2019. A antecipação de pedidos das empresas por conta da crise do coronavírus pode ter sido a causa do crescimento

Porto do Recife - Anderson Stevens / Folha de Pernambuco

O Porto do Recife registrou um incremento de 60% na movimentação de cargas durante o mês de março. O ancoradouro movimentou 162.469 toneladas de mercadorias no último mês, enquanto no mesmo período do ano passado a movimentação foi de 101.381 toneladas. Entre os produtos mais transportados, estiveram milho, barrilha, fertilizantes, trigo e malte de cevada.

Um dos motivos para a alta movimentação, segundo o presidente do Porto, Carlos Villar, foi a antecipação de pedidos por parte das empresas, para prevenir a chegada do coronavírus, por conta do que já acontecia no mercado internacional. Villar aponta ainda que outro fator que justifica o número positivo, são as colheitas, principalmente do milho, da cevada e do trigo, que costumam acontecer entre outubro e março no Sul do país, no Uruguai e na Argentina. "As demandas de cada local têm peso para determinar as movimentações de cargas", justificou Villar.

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Em março, as principais movimentações foram de milho, com 32,9 mil toneladas, seguido por 29,6 mil toneladas de barrilha, 25,7 mil toneladas de trigo, 25,7 mil toneladas de fertilizantes e 16,4 mil toneladas de malte de cevada. O milho, por exemplo, é importado e destina-se à avicultura e às fábricas de ração de Pernambuco e da Paraíba. Já o malte de cevada é utilizado como matéria-prima do polo cervejeiro de Pernambuco, concentrado em Igarassu e Itapissuma.

O Porto do Recife divulgou também o balanço do primeiro trimestre de 2020. Os números demonstram uma estabilidade da atividade portuária, quando comparado com o mesmo período de 2019. De janeiro a março de 2020, a movimentação de cargas no porto recifense foi de 323.758 toneladas, contra 322.214 toneladas no mesmo período do ano passado - alta de 5% no comparativo com os dois períodos.

No que diz respeito a como será a atuação no Porto durante a pandemia do coronavírus, a expectativa segundo Carlos Villar, é que uma queda da movimentação deve acontecer. “Não houve ainda uma queda no fluxo, mas tudo indica que caia até o final deste mês por conta dos danos causados pela pandemia”, disse. Apesar disso, a movimentação no ancoradouro foi de 123.086 toneladas em cargas, na primeira quinzena deste mês.

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