Por logística, Recife pode sediar restante da Copa do Nordeste

Proposta está em desenvolvimento, mas deve ser apresentada em breve para CBF e participantes

Orelhuda é cobiçada por todos os clubes nordestinos - CBF/Divulgação

Em situação semelhante à Europa, o caos do calendário brasileiro é iminente a partir do momento que as competições estiverem liberadas após a pandemia da Covid-19. Por conta disso, o retorno da Copa do Nordeste já é discutido nos bastidores. Em entrevista ao portal Globoesporte.com, o presidente da Liga do Nordeste, Eduardo Rocha, defende uma proposta que consiste os jogos serem disputados nos estádios do Recife e o encurtamento do calendário, com intervalo de até 48 horas entre uma partida e outra.

A reportagem tentou contatar o dirigente, mas não obteve sucesso. O mandatário do Santa Cruz e, também, vice-presidente da entidade nordestina, Constantino Júnior, inicialmente se esquivou e disse que a situação é debatida internamente. “Primeiro tem que ver com os clubes, CBF... fora isso é discussão interna, não posso passar pra imprensa assim. Vamos discutir qual a melhor solução”, desconversou.

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A opção pela sede única, com o intuito de agilizar a realização das partidas e evitar viagens, é um dos pontos relevantes na proposta. De acordo com Constantino, a localização central da capital pernambucana na região e os alojamentos de alto nível dos clubes devem ser levados em consideração para a escolha. “É só uma logística, tem quatro estádios, o CT do Retrô e alojamento. A questão é aguardar a orientação dos órgãos reguladores, vigilância sanitária, secretária de saúde e da Organização Mundial de Saúde (OMS)”, contou.

E seguir as recomendações de especialistas e entidades de saúde será uma pauta essencial no protocolo que será adotado pela competição. O dirigente coral ressaltou a importância de preservar o bem-estar de quem estará envolvido dentro e fora de campo. “Não vou aceitar botar em risco jogadores, profissionais e técnicos. 100% segurança”, afirmou.

Sem perspectiva de datas no momento, Constantino não soube dizer quando a proposta será feita em definitivo para a Confederação Brasileira de Futebol (CBF), entidade organizadora, e aos membros do torneio. Ainda assim, confirmou que houve uma breve sondagem junto aos clubes. “Estamos criando o protocolo e temos que buscar isso, mas, primeiro, tem que se discutir internamente entre os clubes. Não temos essa data exata, porque cada dia muda a história e os casos aumentam muito. Tem que se analisar o dia a dia. (Houve contato) de forma inicial”, encerrou.