'Ricos de Amor', comédia romântica brasileira, estreia na Netflix

Filme, que chega ao catálogo do serviço de streaming nesta quinta-feira, conta com Danilo Mesquita e Giovanna Lancellotti

"Ricos de amor" estreia na Netflix - Divulgação

O novo filme original brasileiro da Netflix, “Ricos de amor”, promete trazer um pouco de leveza em tempos tão difíceis. Dirigida por Bruno Garotti (“Cinderela Pop”, “Eu fiko loko”), a comédia romântica estreia neste quinta-feira (30) no serviço de streaming e conta uma história de amor entre um herdeiro mimado e uma estudante de medicina esforçada.

Danilo Mesquita interpreta Tato, conhecido em sua cidade como o Príncipe do Tomate. Filho do dono de uma próspera empresa do ramo alimentício, ele é um verdadeiro “agroboy”: rico, vive em festas e desfila por aí com roupas de grife e carrão. Segundo o ator baiano, o personagem e ele têm pouquíssimas semelhanças. “Temos histórias de vida e viemos de lugares completamente diferentes. A única coisa que me ligaria a ele é a gaiatice, como a gente fala aqui na Bahia. Ele é um cara muito comunicativo e eu acho que tenho um pouco disso também”, comentou, em entrevista à Folha de Pernambuco.

Na trama, os dias de farra de Tato chegam ao fim quando ele completa 18 anos e seu pai resolve que chegou a hora de seu futuro herdeiro trabalhar. Ao mesmo tempo, o rapaz conhece a estudante de medicina Paula, vivida por Giovanna Lancellotti. Para conquistar a garota, que não fica deslumbrada diante de tanta riqueza, ele mente sobre sua origem e finge que é filho do caseiro da fazenda onde mora. Danilo afirma que a parceria com a colega, com quem já contracenou na novela “Segundo Sol”, foi fundamental para ele.

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“Recebi o convite ainda sem um roteiro pronto. Só tinha a sinopse, uma ideia que seria desenvolvida. Então, na verdade, uma das coisas que me fez aceitar foi saber que seria com a Gio. Ela é uma pessoa que eu gosto muito e trabalhar com amigos é sempre maravilhoso. Quando a produtora de elenco falou o nome dela, de cara eu já me animei”, revela. O elenco conta ainda com nomes como Jaffar Bambirra, Lellê, Fernanda Paes Leme, Bruna Griphao, Ernani Moraes e Caio Paduan, além de participação do DJ Alok.



Ainda que de maneira superficial, o longa-metragem toca em temas de relevância social, como machismo, desigualdade social e o mito da meritocracia. Para provar ao pai e a si mesmo que consegue um emprego por mérito próprio, Tato vai para o Rio de Janeiro e encara uma seleção na própria empresa, mas escondendo sua real identidade. A partir de então, ele descobre que a vida não é tão fácil para quem não tem um sobrenome de peso. Enquanto isso, Paula luta para ter seu trabalho como residente em um hospital reconhecido, mas é diariamente assediada por seu supervisor.

“Acho que é um filme que fala sobre transformação. Ele mostra a capacidade que você tem de, ao encontrar outras pessoas, abrir mão dos seus privilégios e deixar sua zona de conforto. O Teto é um personagem completamente equivocado, porque ele fala de dentro de uma bolha, onde não se relacionava com a vida real. Só quando se depara com a realidade do mundo é que ele tem a chance de aprender e de evoluir com isso. Achei bonito falar disso nesse momento, onde as coisas estão tão à flor da pele para todo mundo. Espero que as pessoas se divirtam assistindo, mas também consigam refletir sobre essa e outras questões”, reflete.