Conheça ‘VALORANT’, novo jogo da Riot Games
A Folha de Pernambuco testou o FPS tático e conta a experiência para você
Com data de lançamento marcada para o dia 5 de maio no Brasil, VALORANT é o mais novo jogo da Riot Games, empresa que desenvolveu o League Of Legends. Inicialmente anunciado como ‘Projeto A’ da empresa, o título reúne elementos semelhantes ao Counter-Strike e Overwatch. Em um evento realizado pela Riot, a Folha de Pernambuco teve a oportunidade de testar o game e conta para você detalhes e um pouco mais da jogabilidade.
Objetivo
O 5v5 no estilo de tiro em primeira pessoa (FPS) se assemelha bastante ao Counter-Strike. De um lado o time de ataque, que tem como objetivo plantar a Spike (detonador) em um dos bombsites. Do outro lado, um time de defensores, que tem por missão impedir a ação dos atacantes. Por isso, quem já joga o título da Valve poderá ter alguma facilidade na hora de iniciar no VALORANT. Botões de movimento e de tiro são bem parecidos, mas o novo jogo da Riot está longe de ser uma cópia, ou apenas uma versão bem parecida.
Se em outros jogos granadas, bombas de fumaça e outros itens fazem diferença, no VALORANT são as habilidades únicas de cada agente que fazem a tática rodar. A depender do seu estilo de jogo, mais agressivo ou bem mais paciente, a escolha de um determinado agente (personagem) pode ser fundamental para vencer 13 rounds (que determina a vitória no mapa).
Mecânica
Quanto à movimentação, o estilo é bem fluido, com comandos básicos de quem já conhece um bom FPS tático. No caso de alguns agentes como Jett e Omen, o estilo como o jogador se mexe no mapa vai mudar, com pulos mais altos ou até teletransporte, nas habilidades.
Ficou claro na apresentação que o foco era de um jogo mais preciso, com maior sincronia entre o servidor e o client do VALORANT. “É um jogo difícil de dominar, então queremos que vocês joguem por anos a fio assim como ocorreu com o League of Legends”, afirmou a produtora executiva de VALORANT na Riot Games, Anna Donlon.
A mecânica de tiro, no entanto, ainda precisa ser aperfeiçoada. Neste momento é mais fácil dominar uma situação com uma mira normal do que com uma aproximada, já que a mudança de uma para outra é ligeiramente lenta.
Além da preocupação com a sincronização e qualidade de movimentos, a Riot traz mais uma vez um jogo acessível. Além de ser gratuito, VALORANT pode rodar em PCs com pelo menos 30 frames por segundo, na maioria dos computadores mais simples (com até 10 anos), 60 a 144+ FPS em máquinas modernas de jogo, uma distribuição global de data centers com meta de < 35 ms para jogadores nas principais cidades do mundo.
Personagens
Na versão beta pudemos ver dez dos doze personagens que aparecem no jogo. Tive a oportunidade de testar todos, com diferentes estilos e habilidades. De acordo com a Riot Games, os agentes são divididos em quatro tipos: Initiator (Iniciador), Controller (Controlador), Sentinel (Sentinela) e Duelist (Duelista).
Breach, Brimstone, Cypher, Jett, Omen, Phoenix, Sage, Sova, Viper e Raze já estão disponíveis no beta fechado.
Cada agente possui uma "signature ability" (habilidades típicas), que são disponibilizadas gratuitamente a cada round. Além dela, outras duas podem ser compradas na loja, na fase de compras, com limite para cargas. O ultimate, no entanto, precisa de cargas para que possa ser utilizado. Elas podem ser adquiridas plantando uma Spike, coletando kills ou orbs.
Em personagens como Raze, Cypher e Sova, é possível ter uma visão antecipada do inimigo, revelando quem está escondido em algum canto ou atrás de uma parede, de acordo com a habilidade. Outros como Sage e Phoenix possuem habilidades de cura, enquanto que Breach e Jett são daqueles ‘assassinos’, bons para quem gosta de ir para o combate cara a cara.
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Mapas
No lançamento, VALORANT possuirá quatro mapas com diversas peculiaridades em cada um. Muito além de dois bombsites e o caminho para chegar até eles, os mapas podem ter até portais para teletransporte ou então três bombsites.
Mesmo com a quantidade de elementos visuais presentes nos mapas, a Riot tomou precauções quanto à visualização do oponente, utilizando-se de áreas limpas para que a experiência do jogador não seja prejudicada.
“Criamos uma zona limpa para o inimigo não se esconder ou se camuflar. Queremos um jogo sem fadiga visual e que o jogador combata o oponente e não o mapa”, disse o game designer de VALORANT, Salvatore "Volcano" Garozzo, que também é idealizador da Cache no CS:GO.
Ao todo, os quatro mapas foram liberados no beta: Range (este para treino), Bind (com dois portais de teletransporte), Split (esse mais tradicional) e Haven, que possui três bombsites.
Esports
Já no beta, a Riot deixou claro as diretrizes para os esports com VALORANT. Com o lançamento nos Estados Unidos e a movimentação de jogadores, streamers e organizações para criar torneios, a empresa lançou as Diretrizes da competição na comunidade de VALORANT.
O documento busca ajudar os organizadores terceiros de torneios a planejar eventos com confiança e a criar oportunidades para uma cena amadora na qual podem surgir novas estrelas.
Além disso, a Riot Games abriu inscrições para produtos digitais VALORANT por meio de seu portal de desenvolvedores em http://developer.riotgames.com.
Gameplay
VALORANT já é um jogo pronto, mas que ainda gera algumas dúvidas quanto à capacidade assim que estiver aberto para o público. Resta esperar até o dia 5 para jogar mais e ver como o servidor se portará ainda no beta, com uma quantidade maior de jogadores online, jogando simultaneamente.
Além da expectativa por um teste mais robusto, o resultado final gera também uma certa ansiedade para este que vos escreve. Mesmo não sendo um bom jogador de FPS, a experiência é divertida e me deixou com gosto de ‘quero mais’. E a receita de trazer pessoas com experiência em outros jogos, como Counter-Strike: Global Offensive e Rainbow Six, por exemplo, ajuda a trazer um pouco desses mundos para dentro de VALORANT, tornando a jogabilidade agradável.