Thelma Assis diz que racismo aumentou após BBB e que injúria racial é inadmissível
A médica afirmou que essas ofensas acontecem com o intuito de rebaixá-la e desestabilizá-la, mas que ela não permite que isso aconteça
A médica e ex-BBB Thelma Assis, 35, afirmou nesta quinta-feira (28) que tem sido mais vítima de racismo depois de participar do Big Brother Brasil 20. Ela comentou que ocorreram ofensas em todas as lives em que participou desde o final do programa. Na última, ela chegou a interromper a entrevista.
"Acho que como qualquer mulher preta no Brasil é impossível não ter vivenciado um ato de racismo. Quando você entra em um reality show sabe que vai sofrer críticas, mas injúria racial é inadmissível", afirmou Thelma no programa Encontro, acrescentando que sofreu racismo até dentro do programa.
Leia também:
Mari Gonzalez diz não ter mágoa dos homens do BBB e que só fala com as 'canceladas'
Fim dos reality shows com o coronavírus deixa público órfão de vícios como o 'BBB'
A médica afirmou que essas ofensas acontecem com o intuito de rebaixá-la e desestabilizá-la, mas que ela não permite que isso aconteça. "A força faz parte da pessoa preta no nosso país, devido a muitas cicatrizes", completou ela, que classificou o racismo como algo já enraizado na sociedade brasileira.
Para Thelma, a luta exige que todos se tornem antirracistas. "Todos têm que denunciar, se posicionar, para que as próximas gerações não tenham que passar por situações tão primitivas, do século passado, retrasado. Não quero que meus primos passem por isso. Temos que ser antirracistas e denunciar."
Thelma, que é médica anestesista, fechou contrato com a Globo após deixar o BBB e ganhou um quadro na programa É de Casa. Ela também foi contratada pela marca L'Oréal Paris e protagoniza uma campanha da Prefeitura de São Paulo contra o novo coronavírus.