Consumo das famílias tem a queda mais intensa desde 2001, diz IBGE
O motivo da queda, segundo o IBGE, foi a pandemia do novo coronavírus e as consequentes medidas de isolamento social colocadas em prática por vários governos estaduais e municipais
O recuo de 2% do consumo das famílias no primeiro trimestre deste ano na comparação com o último trimestre do ano passado foi a queda mais intensa desde 2001, quando houve uma crise de fornecimento elétrico, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
O motivo da queda, segundo o IBGE, foi a pandemia do novo coronavírus e as consequentes medidas de isolamento social colocadas em prática por vários governos estaduais e municipais para combater a disseminação da doença.
O comportamento do consumo das famílias teve um impacto importante no Produto Interno Bruto (é a soma de todos os bens e serviços produzidos no país) do trimestre, que caiu 1,5% na comparação com o trimestre anterior. O maior impacto causado pela queda do consumo das famílias foi sentido pelo setor de serviços, que responde por 74% da economia brasileira.
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Entre as atividades de serviços pesquisadas, as principais quedas ocorreram nos outros serviços (-4,6%), transporte, armazenagem e correio (-2,4%), informação e comunicação (-1,9%) e comércio (-0,8%). Também houve quedas nos segmentos de administração, saúde e educação pública (-0,5%), intermediação financeira e seguros (-0,1%). O único setor com alta foi o de atividades imobiliárias (0,4%).
Além do consumo das famílias, as exportações caíram 0,9%. Essa queda da demanda também teve impactos na indústria, que recuou 1,4%. As atividades industriais tiveram as seguintes taxas de queda: setor extrativo (-3,2%), construção (-2,4%), indústrias de transformação (-1,4%) e atividade de eletricidade e gás, água, esgoto, atividades de gestão de resíduos (-0,1%).
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