Fisiculturismo: a importância de um acompanhamento multidisciplinar

No fisiculturismo há disputas, que são feitas através de apresentações coletivas ou individuais, em que os jurados irão comparar um ao outro

Médico Rafael Coelho - Henrique Pimentel/Divulgação

Olá, leitores e internautas que acompanham a coluna Saúde e Bem-Estar da Folha de Pernambuco

Para muitos é algo estranho, uns acham bonito, outros horrível. Para outros tantos algo exagerado. Estamos falando da prática esportiva de fisiculturismo ou adeptos do culturismo, quando atletas, através da musculação, o popular puxar ferro, querem chegar à perfeição do corpo, ou melhor, a definição muscular. No fisiculturismo há disputas, que são feitas através de apresentações coletivas ou individuais, em que os jurados irão comparar um ao outro. Existem posições e ângulos estabelecidos para ressaltar essas definições e composições musculares. São observados: simetria, volume, proporção e a definição muscular. Dependendo da categoria, os homens se apresentam de bermudas ou sungas. Já as mulheres sempre de biquínis. A Federação Internacional de Fisiculturismo (em inglês, International Federation of Bodybuilding—IFBB), comanda o campeonato mundial, o Mr. Olympia, cujos maiores vencedores foram Lee Haney (oito vezes), Ronnie Coleman (oito vezes), Arnold Schwarzenegger (sete vezes) e Dorian Yates (seis vezes). No Brasil destacam-se: Felipe Franco, Eduardo Correa e Fernando Sardinha.

Alimentação - A vida de um atleta de fisiculturismo não é fácil. É preciso ter uma alimentação específica, baseada em proteínas para crescer os músculos, mas, sem desprezar os carboidratos de baixo índice glicêmico e as gorduras do bem. É preciso pensar nos ciclos alimentares e o acompanhamento de um médico especializado e nutricionista é essencial neste processo.

Suplementação – a principal suplementação do fisiculturista é a whey protein, além da caseína e a albumina. Outras substâncias como a Creatina e BCAA (Aminoácidos) também são recomendados, além de vitaminas e sais minerais. Dentre as vitaminas destacam-se a “C” e B6. A Vitamina C, por seu efeito anticatabólico reduz a formação do hormônio cortisol no corpo, que é antagônico à testosterona.

Hormônios – os hormônios sintetizados ou esterOides anabolizantes não são recomendados pela classe médica. Caso existe a necessidade de modulação hormonal, é preciso o acompanhamento de um médico. Um alto índice de dosagem de testosterona, por exemplo, pode levar a complicações cardíacas, aumento da mama, atrofia dos testículos e infertilidade. Outro hormônio que tem sido popularizado é o GH, denominado hormônio do crescimento, produzido naturalmente pela glândula hipófise, localizada no crânio.

Neste contexto, percebemos a importância de um acompanhamento multidisciplinar em saúde: médico, nutricionista, profissional de educação física, fisioterapeuta e, em alguns casos, psicólogo.

Pílulas

Coronavírus e a visão - O oftalmologista Pedro Soriano, observou recentemente outros sintomas associados à visão de quem testou positivo para o coronavírus: dor nos olhos e cefaleia intensa. "Observamos que é recorrente nos pacientes com Covid-19 um quadro de cefaleia intensa acompanhada de dor nos olhos. Muitas vezes o paciente apresenta um quadro mais leve, mas com problemas oculares", explica o oftalmologista do Hospital de Olhos de Pernambuco. Além desses sintomas, nos olhos a covid-19 também pode apresentar conjuntivite e estudos recentes apontam que também pode provocar lesões na retina.

Novos hábitos - Segundo o estudo Opiniões Covid-19 as campanhas para adesão às máscaras parecem estar surtindo efeito em todo o Brasil e 85% dos entrevistados confirmaram estar usando mais a proteção. As orientações para lavar as mãos também foram certeiras, 89% dos entrevistados confirmaram o novo hábito, e 84% aderiram ao uso do álcool em gel. Mais da metade das pessoas, 51%, também reportou estar comprando mais produtos de higiene pessoal.O estudo foi realizado, entre 29 de abril e 1º de maio, pela Perception, Engaje! Comunicação e Brazil Panels e entrevistou online, em todas as regiões do Brasil, homens e mulheres com mais de 18 anos, das classes ABCD, com margem de erro de até 4%, para saber a opinião dos brasileiros sobre diversas ações cotidianas em meio ao novo cenário vivido com a pandemia. Ele é um desdobramento da primeira pesquisa, feita entre 1º e 3 de abril, durante a primeira fase do isolamento da maioria dos estados do país.

Palavra do Especialista
O idoso e o câncer

“A ONCOGERIATRIA surge para realizarmos uma abordagem ampla e individualizada do idoso com câncer...” Médica Gabriele Rabelo

De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), em todo o mundo, até 2040, haverá um aumento médio de 60% no número de casos de câncer, sendo a idade avançada um importante fator de risco em sua incidência. O cuidado do idoso com neoplasia, por sua vez, deve ser individualizado, por ser uma população mais vulnerável a efeitos colaterais de medicações, pela presença de várias doenças associadas, existência de polifarmácia e pelo perfil mais fragilizado dessa população. Sendo assim, a ONCOGERIATRIA surge para realizarmos uma abordagem ampla e individualizada do idoso com câncer a partir da associação da Avaliação Geriátrica Ampla com a oncológico tradicional. Neste sentido, tem como objetivo individualizar o tratamento, instituir medidas de reabilitação e prognóstico, além de identificar quais aspectos da saúde do idoso podem ser melhorados. O foco é manter o melhor quadro clínico, físico e emocional durante o tratamento. Sendo fundamental o acompanhamento conjunto com equipe interprofissional.

Gabriele Rabelo é Médica Geriatra do Serviço de Geriatria e Reabilitação
CRM/PE: 21878

@sergere.recife
 

 

Geriatra Gabriele Rabelo - Foto: Digital Fisher/Divulgação

*Rafael Coelho (Médico - CRM: 23943/PE)
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