SAÚDE

Crianças precisam de cuidados na alimentação

Do leite materno ao cardápio de frutas e verduras, é tempo de cuidar das crianças em casa

Após o sexto mês, o desafio é introduzir alimentos saudáveis de forma gradual - Reprodução/Internet

Não tem sido fácil para muitos pais lidar com a nova rotina dos filhos em casa. E olhe que já se vão mais de dois meses de isolamento social. Mas a inquietação dos pequenos parece não caber no espaço físico e as dúvidas sobre alimentação nesse período ainda persistem. Embora seja uma realidade que atinja toda a família, os profissionais de saúde são unânimes ao apontar que este é o momento certo para fortificar a alimentação das crianças, de olho nas suas defesas para o futuro.

Quem cuida de um recém-nascido deve seguir as mesmas recomendações do período pré-pandemia. Ou seja, amamentação exclusiva até os seis meses de vida. No caso de a mãe ter suspeita de Covid-19, seja pelo contato recente com algum infectado ou pela clara demonstração de sintomas, a nutricionista infantil, idealizadora do projeto brincar de Nutrir, Lais Thorpe, reforça que não há comprovação de transmissão vertical do vírus através do leite materno. “Levando-se em conta que os benefícios do aleitamento superam em muito os riscos do novo coronavírus nessa população, a manutenção da amamentação é recomendada e deve ser orientada, independentemente de a mãe ser assintomática, suspeita ou com Covid-19 confirmada”, adianta.

Ainda segundo a especialista, o Ministério da Saúde recomenda manter todo o processo desde que a mãe deseje amamentar e esteja em condições clínicas adequadas para fazê-lo. Ainda assim, é fundamental ter os cuidados gerais. “Lavar as mãos com água e sabão por pelo menos 20 segundos antes e depois de tocar o bebê. Usar máscara facial de pano durante as ma madas e evitar falar ou tossir durante a amamentação”, destaca Thorpe. As recomendações ainda falam em evitar que o bebê toque o rosto da mãe, especialmente boca, nariz, olhos e cabelos,

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Introdução alimentar
Passado o período do aleitamento, as frutas devem ser oferecidas de maneira cautelosa. Elas podem ser amassadas ou cortadas em pedaços pequenos. Depois da fase de adaptação, a nutricionista Mariana Alencar reforça a necessidade de um cardápio balanceado, rico em verduras, legumes, carboidratos de baixo índice glicêmico e proteínas de alto valor nutricional.

Os pais que estão na etapa de educação alimentar durante a pandemia, devem tomar alguns cuidados. Um deles é não ceder à facilidade dos alimentos ultraprocessados, como biscoitos, na hora do lanche. A dica, neste caso, é deixar frutas já porcionadas na geladeira para serem consumidas durante a semana. O exemplo também deve ser dado pelos pais. Por isso, na hora de comer, nada de alimento saudável para uns e outros não.

Os pequenos que não aceitam tão bem as frutas e verduras, a nutricionista Mariana Alencar sugere incluir receitas para que se acostumem aos poucos com o sabor original dos alimentos. “Vitamina de frutas, smoothies, bolos, suflês de legumes, cremes e tortas salgadas são algumas opções que podem agradar e fazer com que a criança passe a gostar mais de determinado alimento”, sugere.

Outra forma de conquistar o paladar ou gerar curiosidade pelo alimento é trazer a criança para perto e tentar elaborar a receita junto com ela. O momento em casa anda propício: nunca a convivência familiar foi tão estreita.