Retorno de atividades pode ajudar a restabelecer laços com patrocinadores, crê presidente coral

Com a reabertura de alguns setores da economia e volta gradual dos treinos de futebol nesta semana, o Tricolor pode ver o caminho se abrir para novos diálogos com empresas

Mesmo com o sinal verde acionado para o retorno dos treinos presenciais nesta semana, o alerta vermelho continua ligado para o Santa Cruz. O período de três meses sem entrar nos gramados, devido à paralisação do futebol, causou um efeito dominó negativo nos cofres do clube, que deixou de contar com a rotineira movimentação na sede social em dia de jogo, e ainda precisou lidar com a proposta de flexibilização dos pagamentos mensais por parte de alguns patrocinadores. Apesar da escorregadia impressão de que “a chave” pode ser virada a partir de agora, o momento continua sendo de incertezas. 

Para ter-se uma ideia, o clube sofreu um brusco decréscimo no quadro associativo de fevereiro a abril. Dos mais de 5 mil torcedores contribuintes, a Cobra Coral passou a contar com um pouco mais de 1 mil sócios. Paulatinamente, esse número ganhou certo respiro e atingiu pouco mais de 2 mil. Quanto aos patrocinadores, desde o início da pandemia algumas empresas que mantém vínculo contratual com o clube solicitaram a flexibilização dos pagamentos, casos de Ilumi, JBS e Krona. Essa última, no entanto, acabou voltando atrás e manteve 100% dos pagamentos mensais.

As outras duas continuam com redução de 50%, valor que será diluído nos próximos seis meses - de julho a dezembro. Por outro lado, com a reabertura de alguns setores da economia, indicados dentro do plano de retorno das atividades “essenciais” do Governo do Estado, a tendência, ainda que a realidade ainda não seja essa, é de que gradualmente o pessimismo dê lugar a esperança por dias melhores dentro no Arruda. 

 

Balançado e cauteloso sobre o que esperar do futuro, o presidente do executivo tricolor, Constantino Júnior, disse acreditar numa possível aproximação dos patrocinadores com a Cobra Coral ao longo do processo de reabertura das atividades no Estado e retorno aos treinos.

“Tem esse sinal. Quando algumas atividades começam a retornar, a catraca começa a girar e a economia começa a rodar, então deve ter uma aproximação maior dos patrocinadores. É claro que não vai se comparar a antes, mas vamos aguardar. Inicialmente, a gente pode voltar, mas a qualquer momento retroceder. Quanto aos treinos, por exemplo, se a pandemia piorar não vamos poder treinar. Nesse primeiro momento podemos não conseguir segurar e ter que voltar algumas etapas. Mas claro que já é uma sinalização”, atestou o mandatário tricolor, em entrevista à Folha de Pernambuco.

A previsão é que o Santa Cruz retorne aos treinos presenciais entre a terça e a quarta-feira no CT Ninho das Cobras, quando o departamento médico possivelmente terá em mãos os resultados dos testes de identificação da Covid-19 e, a partir disso, poderá avaliar os profissionais que apresentam condições para voltar ao batente e aqueles, caso exista, que precisarão se isolar longe dos gramados.