Com desaceleração da pandemia, Recife desativa leitos de enfermaria e prioriza UTIs
A Prefeitura do Recife anunciou, na manhã desta terça-feira (23), que um plano de reorganização da rede de atendimento emergencial de saúde será reorganizada devido à desaceleração dos casos da Covid-19 na Capital pernambucana. Em coletiva virtual, foi anunciado que parte dos leitos de enfermaria abertos temporariamente serão desmobilizados, abrindo capacidade para a ampliação de leitos de maior complexidade.
Segundo o prefeito Geraldo Julio (PSB), as medidas se fundamentam em “estudos técnicos” e na divulgação de um estudo feito a partir de um modelo estatístico desenvolvido por pesquisadores da Universidade de São Paulo (USP) que indica que a doença está em fase de desaceleração no Recife. “Com isso, estaremos melhor preparados para continuar evitando um colapso no sistema público de saúde”, afirma o prefeito.
Ao todo, sete unidades de 30 leitos cada serão desativadas. De acordo com a prefeitura, a ocupação dos leitos de enfermaria já é consideravelmente menor do que a dos leitos de UTI. Na coletiva, o prefeito também ressaltou cerca de um terço dos pacientes atendidos nas unidades provisórias eram pessoas vindas de outros municípios da Região Metropolitana do Recife (RMR) e que a ativação de 1003 novos leitos pelos governos do estado e de outras cidades da RMR permitem a desmobilização das estruturas provisórias da capital.
O secretário de saúde, Jailson Correia, defendeu que a rapidez na montagem dos primeiros leitos temporários desempenhou um papel fundamental na resposta que a Região Metropolitana teve ao contágio pelo coronavírus. “O novo cenário epidemiológico permite, com segurança, a desativação de leitos de menor complexidade abrindo espaço para aumentar a quantidade de estruturas de UTI e de unidades de tratamento semi-intensivas”, explica Correia.
Segundo o secretário, a estrutura dos hospitais provisórios permite uma remontagem rápida, caso haja necessidade.