Cultura

Comitê aprova linhas de crédito e suspensão de dívidas para o audiovisual

Encontro virtual foi realizado nesta quarta (24) e é tido como um aceno do governo ao setor

Divulgação

O Comitê Gestor do Fundo Setorial do Audiovisual, o FSA, realizou uma reunião por videoconferência, nesta quarta-feira (24), para discutir medidas de socorro para o audiovisual brasileiro em meio à pandemia de coronavírus.

Convocado pelo ministro do Turismo, Marcelo Álvaro Antônio, o encontro virtual é um aceno do governo ao setor, que há meses se vê no meio de um enrosco em torno da liberação do FSA, principal fonte de recursos públicos para produções audiovisuais no país. Também participou do encontro o novo secretário especial da Cultura, Mario Frias.



A reunião teve como principal decisão a definição de linhas de crédito emergencial para o setor. Serão R$ 400 milhões, sendo R$ 250 milhões para operações diretas, por meio do BNDES, e R$ 150 milhões para operações indiretas, pelo BRDE. 

Outra medida que visa desafogar o setor é a suspensão temporária de dívidas para exibidores. Empresas com operações de crédito ativas junto ao BNDES ganharam seis meses para pagar amortizações de empréstimos do programa Cinema Perto de Você.

Atualmente o BNDES tem 40 contratos no âmbito do FSA, com 13 diferentes empresas, que totalizam o valor de R$ 267 milhões a serem recebidos.

O comitê também aprovou o Peap, Plano Especial de Apoio ao Pequeno Exibidor, que destina recursos de até R$ 8,5 milhões para gastos de pequenos exibidores, aqueles com até 30 salas. O dinheiro poderá ser usado em folhas de pagamentos e em contratos com fornecedores. A Ancine estima que mais de 700 salas, de 185 empresas, têm direito ao apoio.

As decisões foram tomadas um mês depois do envio de um documento assinado por representantes da área ao ministro do Turismo, em que pediam a convocação, com urgência, de uma reunião do comitê. Ele foi assinado por mais de 50 entidades e associações, além de 120 representantes da sociedade civil.