Futebol

Edno cita incoerência em decisão do Governo de não liberar volta dos jogos

"Você não libera os jogos, mas libera shopping? Nós testamos os atletas e teríamos partidas sem torcida. Em um shopping, todos entram sem teste", argumentou o presidente

Edno Melo, presidente do Náutico - Léo Lemos/Náutico

O presidente do Náutico, Edno Melo, lamentou a decisão do Governo do Estado de não incluir a volta dos jogos de futebol na quinta etapa do Plano de Convivência das Atividades Econômicas com a Covid-19, divulgado na última terça (30). De acordo com o mandatário, a decisão é incoerente, já que outros serviços foram liberados, além do fato de o Timbu já ter iniciado há três semanas seus treinamentos presenciais.

"Eu sou totalmente a favor da volta do futebol quando tivermos segurança. Mas veja: é incoerente você não liberar os jogos e liberar a abertura dos shoppings center, por exemplo. Em uma partida, você teria todos os atletas e pessoas presentes testadas e sem a presença da torcida. No shopping, você não terá os testes. Se é para abrir, abre tudo. Se é para fechar, fecha tudo então", citou o presidente.

 

Desde o dia 15 de junho, os clubes pernambucanos tiveram a autorização de reiniciar os treinamentos de forma presencial, após um período de trabalhos comandados pelos preparadores por videochamada, com os atletas tendo que cumprir as tarefas em casa. Para Edno, não há diferença entre os trabalhos feitos no CT Wilson Campos e os que aconteceriam em um jogo de futebol.

"Qual a diferença de treinar, fazer o coletivo, mas não jogar? Todos os atletas seriam testados da mesma forma que já foram para os treinamentos. Nós estávamos contando com essa liberação porque é muito ruim você iniciar um trabalho sem saber a data que vai voltar o campeonato", avaliou, acreditando que a decisão pode gerar uma consequência maior quanto às ambições de Pernambuco de ser escolhido como sede da fase final da Copa do Nordeste. "Sem essa possibilidade de voltar a ter partidas, acho muito difícil o Nordestão ser jogado aqui", completou.