Moradores de Olinda podem fazer testes gratuitos para hepatites virais
As unidades de saúde dispõem de testes para a população da cidade
Moradores de Olinda que necessitarem de exames de testagem para hepatites virais podem realizá-los gratuitamente nas unidades de saúde do município. Como o mês de julho é dedicado à prevenção das hepatites virais, de acordo com a prefeitura, os hospitais dispõem dos testes para as principais categorias da doença.
O infectologista Gabriel Serrano ressalta que há recomendação da Secretaria Estadual de Saúde de Pernambuco (SES-PE) para que os testes sejam feitos sempre quando possível, pois o vírus de hepatite pode estar no corpo sem que o paciente apresente algum sintoma, mas, no futuro, trazer complicações. "A testagem é feita na atenção básica. Quando é detectado, o paciente é encaminhado para o infectologista do município ou ao serviço estadual de referência. Quanto mais cedo for tratado, menor é o risco de trazer algum problema no futuro", conta Serrano.
Os tipos mais comuns de hepatite são A, B e C. O tipo A tem infecção mais comum pela água, não é grave e há vacina disponível. Os principais sintomas são semelhantes a uma virose: febre, vômito e mal-estar. "Ela é muito contaminante, mas passa rápido. O paciente precisa se afastar de outras pessoas e ter objetos separados (pratos, copos e talheres). Podemos dizer que é uma infecção benigna e o tratamento vai de um a dois meses, podendo chegar até seis", explica o médico.
Já o tipo B da hepatite é transmitido por via relações sexuais e compartilhamento de objetos como alicates, tesouras, escova de dente e da mãe para o bebê tanto durante a gravidez quanto no parto. O tipo C não tem vacina e é transmitido por via sexual e secreções e, igualmente ao anterior, da mãe ao bebê na gestação ou parto. Por ainda não haver uma imunização prévia, requer mais cuidados, já que a hepatite pode se tornar crônica. A contaminação é silenciosa por não apresentar sintomas. O diagnóstico tardio pode levar a lesões graves no fígado.
Os outros tipos, menos comuns, são as hepatites D e E. O tipo D depende da presença do vírus B para se manifestar e é considerada mais grave -a a progressão para cirrose é mais rápida. Já o tipo E é o menos grave, de curta duração e sem causar infecção crônica. Requer mais cuidado em gestantes.
A vacina para as categorias da doença é disponibilizada na rede pública de saúde, mas é indicada apenas para imunocomprometidos, idosos ou para quem está infectado pela hepatite B, já que a combinação das duas pode ser fatal.