Estudantes nos EUA organizam 'festas Covid', onde quem se infecta, ganha
A pandemia matou quase 130.000 pessoas nos Estados Unidos, mil delas no Alabama, onde os casos aumentaram nas últimas duas semanas
Estudantes do Alabama que testaram positivo para o coronavírus fazem "festas secretas" em um jogo macabro em que ganha quem é infectado primeiro, disseram as autoridades enquanto a pandemia ocorre no sul dos Estados Unidos.
A notícia surgiu pela primeira vez na terça-feira, quando o chefe dos bombeiros do condado de Tuscaloosa, perto da cidade universitária de Birmingham, confirmou os rumores em uma reunião de vereadores.
"Fizemos uma investigação. Não apenas os consultórios médicos confirmaram isso, mas o estado também disse que tinha a mesma informação", disse o bombeiro Randy Smith.
O Alabama, no sudeste, é agora um dos novos focos da Covid-19 nos Estados Unidos, juntamente com outros estados do sul, como Arkansas, Arizona, Texas, Flórida e Carolinas.
A vereadora de Tuscaloosa, Sonya McKinstry, detalhou na semana passada ao canal ABC local que trata das festas em que a aposta é se infectar.
"Eles recolhem dinheiro em um pote e depois tentam ser contaminados por Covid-19. Quem pega primeiro ganha o pote. Não faz sentido", disse McKinstry. "Eles estão fazendo isso de propósito". A pandemia matou quase 130.000 pessoas nos Estados Unidos, mil delas no Alabama, onde os casos aumentaram exponencialmente nas últimas duas semanas.
Nenhuma informação adicional sobre essas festas foi divulgada. As autoridades não informaram a identidade dos jovens ou o número de eventos que poderiam ter ocorrido. O corpo de bombeiros não respondeu às perguntas da AFP.
Várias universidades estão localizadas em Tuscaloosa, a principal delas é a Universidade do Alabama. Uma porta-voz disse à AFP na sexta-feira que esta universidade "está ciente dos rumores sobre as 'festas secretas' há semanas". No entanto, "realizamos uma investigação aprofundada e, apesar de não termos conseguido identificar nenhum aluno que tenha participado desse tipo de atividade, continuaremos monitorando todas as informações que recebermos", acrescentou. Logo após o relato do bombeiro Smith, os vereadores de Tuscaloosa aprovaram o uso obrigatório de máscaras faciais.