Financiamento

Vaquinhas ajudam a manter profissionais da arte na crise; saiba como doar

Os financiamentos coletivos e as vaquinhas virtuais se tornaram a ponte de apoio a artistas e profissionais que perderam seus empregos

Cantor Martins participar do festival - Foto: Ashley Mello/Divulgação

O cenário não prevê o retorno de atividades artísticas de grande público nem tão cedo. E os impactos na classe trabalhadora envolvida com espetáculos são imensuráveis. Sem a possibilidade de gerar renda, os financiamentos coletivos e as vaquinhas virtuais se tornaram a ponte de apoio a artistas e profissionais que perderam seus empregos. Isto já pode ser refletido em números. 


O Vakinha, primeiro site deste tipo no País, aponta que as campanhas já movimentaram R$ 15 milhões após a chegada da pandemia, tendo destaque para os financiamentos com viés solidário, tendo acumulado R$ 300 mil em doações de colaboradores. 

 
 
 
 
 
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Zulmira Palhaça, interpretada pelo ator, palhaço e diretor cênico Williams Santana (@centrocarcara), convida vocês para o Festival Cultura com Vida. Doe já, nossos artistas locais precisam mesmo do seu apoio. Ajude e saiba mais sobre a nossa campanha no link na bio. #culturacomvida #culturaemcasa #palhaçada #ajudeosartistas #arteemcasa

Uma publicação compartilhada por @ culturacomvida em 6 de Jul, 2020 às 4:09 PDT


É com esta perspectiva que o “Festival Cultura com Vida”, promovido pelo Sindicato dos Artistas e Técnicos em Espetáculos de Diversões de Pernambuco (SATED-PE), busca auxiliar 487 pessoas de circo e trupes, teatro, dança, moda e técnicos. Eles foram prejudicados com o fechamento de cinemas, teatros, estádios de futebol e centros culturais. “Fomos os primeiros a parar e seremos os últimos a voltar”, comenta a presidente de Ivonete Melo, presidente do sindicato. A organização disponibilizou um financiamento on-line, através da plataforma Catarse, com o objetivo de atingir a meta de R$ 20 mil até o dia 14 de julho. 


Os doadores poderão contribuir com valores que variam entre R$ 10 e R$ 100. Segundo o sindicato, os repasses servirão para os trabalhadores pagarem contas básicas, como aluguel, água, energia, gás e comprar essenciais, a exemplo de comida e itens de higiene. Em apoio à campanha, artistas pernambucanos farão transmissões ao vivo no Instagram do projeto (@culturacomvida) nos dias 11 e 12 de julho. Maestro Spok, Gabi da Pele Preta, Mônica Feijó, Almério, Xico de Assis, George Meirelles, Paulo de Castro, Fernando Limoeiro, Suzana Costa, Cida Pedrosa, André Costa, João Paulo Lima e Silva, Bruno Garcia, Martins, Magdale Alves, André Brasileiro, Geraldo Maia, José Neto, Hilda Torres, Williams Santana, Cláudio Ferrario, Germano Haiut são alguns dos confirmados.


Dubladores em ligações

 
 
 
 
 
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Nesse vídeo do "Alô, Quem Fala?" a Gaby quase recebeu uma carta, mas a gente garantiu a ligação! Aparentemente a Flora tem história com cartas. E para todos os garotos, ou garotas, que já assistiram esse vídeo, corre no link da bio para ajudar com nosso financiamento coletivo!

Uma publicação compartilhada por Alô, Quem Fala? (@projetoalo) em 30 de Jun, 2020 às 8:00 PDT

 


Nos últimos meses, tem sido comum a chegada de séries e filmes estrangeiros sem dublagem nas plataformas de streaming. É que o mercado da dublagem foi duramente atingido com as recomendações de isolamento social e o setor aponta que 72% dos profissionais se consideram grupo de risco ou moram com pessoas do grupo. Com isto, dubladores decidiram criar a campanha “Alô, quem fala?”, um projeto que pretende arrecadar R$ 96.400 na plataforma Catarse. Os valores arrecadados serão usados para criar um fundo emergencial de apoio aos envolvidos com a arte. Apesar do número, a meta é flexível e vai estar disponível até o mês de agosto.


Para os doadores, a quantia doada também varia e poderá ser feita a partir de R$ 10 na plataforma. Quem estiver disposto a contribuir, ganha uma recompensa em troca, podendo ser telefonemas, transmissões e bate-papos exclusivos com os dubladores participantes da campanha. Mauro Ramos (Pumba e Shrek), Marli Bortoletto (Mônica), Angélica Santos (Cebolinha), Cecília Lemes (Chiquinha) e Fábio Lucindo (Ash, de Pokémon) são alguns dos profissionais envolvidos com o projeto. 


Teatro musical


Também no Catarse, o Fundo Iasmine busca auxiliar os técnicos do teatro musical brasileira. Organizado por Myra Ruiz e Fabi Bang, duas de grandes personalidades envolvidas com este tipo de espetáculo, o projeto tem meta de arrecadação estimada em R$ 100 mil. Os valores estão entre R$ 10,00 e R$ 10 mil (cota de patrocinador) e promete recompensas exclusivas, como canecas e itens de espetáculos. A campanha pretende beneficiar famílias de iluminadores, camareiras, peruqueiros, técnicos de som, contrarregras e outros envolvidos com o teatro musical. 

Como doar?

"Festival Cultura com Vida”
Site: Catarse
Valores: R$ 10 a R$ 100

"Alô, quem fala?"
Site: Catarse
Valores: R$ 10 a R$ 100

Fundo Iasmine
Site: Catarse
Valores: R$ 10 a R$ 10 mil (patrocinador)