Futebol

Náutico suspende leilão da sede dos Aflitos

Timbu conseguiu evitar que o patrimônio, avaliado em mais de R$ 200 milhões, fosse penhorado para pagar dívida com ex-porteiro

Sede do Clube Náutico Capibaribe - Divulgação / Náuticonet

O vice-presidente jurídico do Náutico, Bruno Becker, informou nesta quinta (9) que o Náutico conseguiu suspender o leilão da sede dos Aflitos, marcado anteriormente para acontecer na próxima segunda (13). O clube conseguiu evitar a penhora do patrimônio avaliado em mais de R$ 200 milhões, que correu risco de ser perdido por conta de uma débito com Edilson Lourenço da Silva, ex-porteiro do Timbu, que trabalhou entre os anos de 2004 a 2016. O valor da execução, autorizada na 4ª Vara do Trabalho do Recife, era de R$ 60.641,81.

“Conseguimos suspender o leilão da sede e também outro que aconteceria na mesma data, envolvendo uma dívida com Rafael Xavier Zacarias (jogador que passou pelo Náutico em 2011). No caso do atleta, a penhora envolvia objetos do Conselho Deliberativo do clube, como ar-condicionado”, explicou Becker.
 

O foco do Náutico, agora, volta ao processo envolvendo o ex-técnico do clube, Givanildo Oliveira. O clube tem uma dívida de mais de R$ 500 mil com o treinador, o que provocou a decisão da justiça em leiloar a garagem de remo do Timbu, situada em Santo Amaro, no Recife. "Estamos agora tentando suspender também essa ação, que está com leilão marcado para o dia 20 de julho", apontou o vice-presidente jurídico. O patrimônio está avaliado em mais de R$ 3 milhões.

As dívidas com Edilson e Givanildo são parte de uma longa lista de débitos que o Náutico acumulou de gestões passadas. "Só envolvendo a garagem do remo, nós temos 17 causas. Da sede dos Aflitos, são 26. Umas custando menos, como a do porteiro, e outras envolvendo mais de R$ 3 milhões, como de Auremir (ex-jogador do clube). No geral, no último levantamento que fizemos, considerando não somente as que geraram penhoras, o Náutico tem 398 ações trabalhistas no Brasil todo. Mas esse número pode aumentar ou diminuir a cada dia. Não dá para cravar um valor exato do débito porque, em alguns casos, a pessoa pede uma quantia maior do que o juiz considera justo, por exemplo. A gente estima, porém, que seja na ordem dos R$ 50 milhões", revelou.