Política

Polícia faz buscas na sede do MBL; suspeitos de lavagem de dinheiro seriam integrantes do movimento

O líder do Movimento Brasil Livre, o deputado eleito Kim Kataguiri (DEM-SP) - Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil

A Polícia Civil de São Paulo prendeu, na manhã desta sexta-feira (10), dois membros do MBL (Movimento Brasil Livre) por suspeita de desviarem mais de R$ 400 milhões, segundo informações do Ministério Público Estadual. A operação, realizada pelo MP em conjunto com a Receita Federal, prendeu Alessander Mônaco Ferreira e Carlos Augusto de Moraes Afonso, investigados por lavagem de dinheiro e ocultação de patrimônio.

O Departamento de Operações Policiais Estratégicas da Polícia Civil enviou 35 policiais civis e 16 viaturas para cumprirem seis mandados de busca e apreensão e as duas prisões na capital paulista e em Bragança Paulista. As buscas incluíram a sede do MBL, organização política brasileira que ganhou notoriedade após os protestos de 2013, o impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff e a eleição de Jair Bolsonaro, em 2018, a quem apoiou até o ano passado. A operação foi batizada de Juno Moneta, em referência a um antigo templo romano onde eram cunhadas as moedas na antiguidade.

Procurado pela reportagem, o deputado federal Kim Kataguiri (DEM-SP) confirmou a busca e apreensão na sede do grupo, mas negou que os detidos sejam membros do MBL. "Alessander Mônaco Ferreira e Carlos Augusto de Moraes Afonso não são integrantes e sequer fazem parte dos quadros do MBL. Ambos nunca foram membros do movimento. Uma notícia veiculada de maneira errônea por um portal criou tal confusão", disse o deputado.

Segundo a Gedec (Grupo Especial de Repressão a Delitos Econômico), do MP, os homens integram o MBL, embora a operação "se refira a um crime econômico e não político".