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Imposto nos moldes da CPMF terá de ser debatido 'mais cedo ou mais tarde', diz Mourão

Mourão participou de uma transmissão ao vivo promovida pela Genial Investimentos

O Vice Presidente do País, Hamilton Mourão - Marcos Correa/PR

Embora ressalte a oposição do presidente Jair Bolsonaro, o vice-presidente Hamilton Mourão disse nesta segunda-feira (13) que a criação de um novo imposto sobre transação financeira vai precisar ser discutida "mais cedo ou mais tarde" e que ele se mostra favorável a esse debate.

"Eu acho que tem que ser discutido. O presidente é contra, está bom, ele não quer jogar esse assunto na mesa por causa da memória antiga da antiga CPMF (Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira). Mas a gente sabe que nosso sistema tributário é um sistema complicado ", disse.

Mourão participou de uma transmissão ao vivo promovida pela Genial Investimentos.

 



Questionado especificamente sobre sua opinião a respeito de um novo imposto sobre transação financeira, o vice-presidente evitou se posicionar e apenas afirmou que há empresários e parlamentares que o procuram, manifestando aprovação em relação à ideia.

"Parece ser o grande Satã da reforma tributária, ninguém quer ouvir falar disso aí", disse o vice-presidente
"Acho que tem que ser discutido. Eu já recebi deputado aqui que é favorável a imposto único, cobrado na entrada e na saída da conta de cada um de nós", afirmou o Mourão, ressaltando que a discussão precisa ser feita "sem preconceitos" e no Congresso nacional.

"Mais cedo ou mais tarde, essa discussão vai ter que ser colocada na mesa", completou.

Mourão disse que a discussão a respeito da reforma tributária terá início em breve, por conta do próprio interesse do presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ). O vice-presidente afirma que a reforma é necessária, assim como outras, para combater os grandes males da economia brasileira, que seriam "a falta de equilíbrio fiscal e a baixa produtividade".

Da parte do governo, Mourão afirmou que o texto da reforma administrativa está pronto e deve ser encaminhado ao legislativo após a retomada das sessões presenciais –encerradas por conta da pandemia do novo coronavírus.