REEDUCANDOS

Reeducandos trabalham na Operação Inverno de Olinda

Os reeducandos já instalaram 182 metros de lonas plásticas em áreas de morro, além de fazerem a retirada de lixos e entulhos das barreiras

São 39 reeducandos envolvidos na operação - Divulgação/ Olinda

Em Olinda, Região Metropolitana do Recife, bairros como Caixa D'Água, Passarinho, Águas Compridas, Alto do Cajueiro e Alto da Bondade estão recebendo serviços de 39 reeducandos do regime aberto, que estão reforçando a Operação Inverno de Olinda. Além da limpeza de escadarias e canaletas, também estão sendo construídos por eles muros de contenção, calhas e placas. A iniciativa envolve o Patronato Penitenciário, órgão que atende aos egressos prisionais, e é vinculado à Secretaria de Justiça e Direitos Humanos e a Secretaria Executiva de Defesa Civil de Olinda.

Os reeducandos já instalaram 182 mil metros quadrados de lonas plásticas em áreas de morro, além de fazerem a retirada de lixos e entulhos das barreiras. Para a realização dos trabalhos, é obrigatório o uso de Equipamento de Proteção Individual (EPI), que inclui máscaras e álcool em gel. Os apenados também recebem um salário mínimo e cumprem carga horária de oito horas diárias em seus serviços.

O Patronato Penitenciário, é um órgão de execução penal que fiscaliza o cumprimento da pena dos reeducandos que estão em regime aberto. O órgão também é responsável por promover a qualificação profissional, empregabilidade, inclusão produtiva e pedagógica, bem como a assistência penal e jurídica. Para a empregabilidade dos egressos são firmados convênios com 35 parceiros que são públicos e também privados.

"Nós não nos limitamos a cumprir apenas o nosso papel de cumprimento da pena. Vamos além disso, damos assistência jurídica, emocional. São ações como essas que contribuem para a redução da violência e da reincidência criminal", afirmou o superintendente do Patronato Penitenciário, Josafá Reis.

Quem fiscaliza o trabalho dos egressos - que progrediram do regime fechado, passando pelo semiaberto e que no momento estão no regime aberto, sem o uso de tornozeleiras e em casa - são os empregadores, neste caso os fiscais da prefeitura. Os 267 reeducandos que trabalham em Olinda, tem idades entre 22 e 35 anos. Os assistidos pelo Patronato comparecem uma vez a cada mês para assinar um documento, os que não comparecem podem ter a pena aumenada.

“Além de garantir mais segurança nas áreas de risco, os serviços também permitem que essas pessoas voltem ao convívio social por meio do trabalho, reduzindo as chances de reincidência criminal”, explica em comunicado oficial à imprensa, o secretário de Justiça e Direitos Humanos, Pedro Eurico.